Os grandes líderes de 2022 – e em quem ficar de olho em 2023

Depois de divulgarmos a lista dos maiores fracassos de carreira de 2022, que inclui, entre outras personalidades, o fundador e ex-CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, e os atores Amber Heard e Will Smith, agora vamos reservar um momento para celebrar aqueles que nos inspiraram em 2022. Como a talentosa Ketanji Brown Jackson, que fez história como a primeira mulher negra na Suprema Corte dos Estados Unidos.

O ano da Ucrânia

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que terminou 2022 como um herói e foi um dos maiores líderes políticos do ano

Em termos de política internacional, não há dúvida de que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky foi o líder político mais inspirador do ano, defendendo seu país contra a invasão russa. Ainda não se sabe se seu status heroico continuará em 2023. Embora tenha prometido continuar lutando contra Putin, Zelensky também assinou uma nova lei de mídia no mês passado que dá a seu governo amplos poderes de censura que aproximam a Ucrânia de seu rival em termos de liberdade de imprensa. Essa não é uma boa aparência para um líder que está tentando conquistar os corações e as mentes dos apoiadores na luta pela liberdade.

A guerra na Ucrânia também mostrou a liderança firme da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Do gerenciamento de um orçamento de mais de US$ 300 bilhões (R$ 1,6 trilhão) à negociação com 27 chefes de Estado que representam 450 milhões de pessoas, von der Leyen conquistou seu lugar no topo da lista da Forbes das mulheres mais poderosas do mundo.

A primeira menção vai para Lionel Messi, que levou a Argentina à vitória na Copa do Mundo, que ele comemorou com o post mais curtido de todos os tempos no Instagram. A controvérsia em torno do tratamento do país anfitrião, o Catar, aos trabalhadores e mulheres reforçou que os eventos esportivos globais e os direitos humanos estão estritamente ligados.

O jogador britânico de golfe Matt Fitzpatrick venceu o US Open, enquanto Rory McIlroy, da Irlanda do Norte, foi o melhor jogador do ano. Os rostos das Olimpíadas de Inverno de Pequim incluem a esquiadora freestyle Eileen Gu, a patinadora artística Nathan Chen e a atleta de bobsled Elana Meyers Taylor. Stephen Curry levou o Golden State Warriors a outra vitória na NBA, a estrela do hóquei Connor McDavid liderou a liga do esporte e entrou para a lista Forbes Under 30 USA. No beisebol, Aaron Judge estabeleceu um recorde da Liga Americana ao acertar 62 home runs para o New York Yankees.

Enquanto isso, o lendário quarterback do Steelers, Ben Roethlisberger, deixou o campo, enquanto os rivais Tom Brady e Aaron Rodgers continuam a desafiar o que pensávamos saber sobre a expectativa de duração de carreira dos atletas da NFL com grandes performances. Serena Williams se aposentou de uma carreira lendária no tênis para trilhar um caminho de sucesso como empreendedora. Logo atrás dela, inspirando uma nova geração, está Naomi Osaka, a atleta feminina mais bem paga do ano. Em termos de dinheiro, ainda é um mundo masculino, como confirma nossa lista anual dos atletas mais bem pagos.

E por trás de todo grande jogador, é claro, há um grande técnico.

Vencedores no entretenimento

Taylor Swift se tornou a primeira artista a ocupar todos os lugares no top 10 de singles da Billboard. O rapper e Under 30 USA Jack Harlow viu seu single “First Class” estrear em primeiro lugar nas paradas da Billboard Hot 100 e a série “Euphoria” também catapultou a Under 30 USA de 2016 Zendaya para as paradas. Jennifer Hudson se tornou a mulher mais jovem a ganhar os prêmios Emmy, Grammy, Oscar e Tony. E outro Under 30 dominou as paradas enquanto ganhava mais dinheiro com sua turnê: o rapper Bad Bunny.

Austin Butler ganhou os holofotes com uma atuação extraordinária em “Elvis”, assim como Stephanie Hsu em “Tudo em Todo o Lugar Ao Mesmo Tempo”. E eu ainda chamaria a atenção para o ator de “Coda: No Ritmo do Coração” e vencedor do Oscar Troy Kotsur que nos inspirou em vários níveis com seu humor e talento.

E enquanto outros vão decidir quem ganha os prêmios de melhor diretor durante a temporada de premiações, James Cameron merece elogios por criar um filme tecnicamente ambicioso com “Avatar: O Caminho da Água”. Ele também arrecadou mais de US$ 1,37 bilhão (R$ 7,36 bilhões) em todo o mundo, o que o coloca a uma distância impressionante de ser um dos filmes de maior bilheteria de todos os tempos. E Peter Jackson se tornou a terceira pessoa na história, depois de Steven Spielberg e George Lucas, a se tornar um bilionário fazendo filmes.

Na TV, foi um grande ano para Jennifer Coolidge, de “White Lotus”, Sadie Sink, de “Stranger Things”, Jeremy Allen White, de “O Urso”, e para a criadora de “Abbott Elementary”, Quinta Brunson.

O ano dos trabalhadores

À medida que a IA se torna mais presente, os avisos da cientista da computação Joy Buolamwini sobre os vieses dos algoritmos passam a ser ouvidos

2022 foi um ano em que os trabalhadores tiveram mais influência. Derrick Palmer e Chris Smalls ajudaram a formar o primeiro sindicato trabalhista da Amazon – um movimento que repercutiu nos Estados Unidos. A senadora do estado da Califórnia, Monique Limón, ajudou a liderar a cobrança entre os legisladores de todo o país ao aprovar uma legislação de transparência salarial que tornará mais fácil identificar e lidar com a discriminação. As cientistas da computação Timnit Gebru e Joy Buolamwini  mostraram que o viés algorítmico é real.

O denunciante do Facebook Frances Haugen continuou a pressionar a plataforma de mídia social e lançou uma organização sem fins lucrativos. O mesmo vale para a fotógrafa Nan Goldin, que garantiu que o mundo da arte não fechasse os olhos para os laços entre as doações da família Sackler e as mortes por overdose.

Josh Wardle vendeu seu projeto de estimação, o jogo de palavras Wordle, para o New York Times, dando a nós uma distração diária e a esperança de que nossos hobbies possam um dia ser lucrativos também. A CEO da Hubspot, Yamini Rangan, foi classificada como a principal CEO na lista da plataforma Comparably.

O ano da sustentabilidade

Finalmente, não vamos esquecer os líderes que lutam pelo futuro do nosso planeta, começando pela polarizadora – e eficaz – Greta Thunberg. O fundador da Patagonia, Yvon Chouinard, transferiu a propriedade de sua empresa para um fundo para combater a mudança climática – uma ação que ele disse ter sido motivada em parte por ter sido incluído na lista de bilionários da Forbes. Fique de olho na líder indígena Sonia Guajajara, eleita para o Congresso brasileiro em outubro e recentemente nomeada como ministra dos Povos Originários no novo governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.