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sexta-feira 10 de dezembro de 2021 às 13:09h

Os encontros de Doria com Leite e Moro e as dificuldades de virar o candidato da terceira via

NOTÍCIAS, POLÍTICA


O encontro entre João Doria e Eduardo Leite nesta semana, sendo segundo Lauro Jardim, o primeiro que tiveram, depois de disputar de modo acirrado as prévias do PSDB, mostrou que o governador de São Paulo tem um caminho árduo e incerto para unir o partido e tentar se cacifar como o representante da tal terceira via.

Doria e Leite divulgaram notas oficiais formais, ressaltando a importância da construção do diálogo. Na prática, a única notícia boa para Doria depois desse encontro seria ao menos se Leite acenasse com a possibilidade de participar da campanha de Doria. Mostraria alguma união no PSDB. Mas a interlocutores, Leite disse que não houve convite para nada por parte de Doria. E não houve por que não existia clima para isso. O governador gaúcho não tem a menor vontade de se integrar ao time de Doria.

Leite ainda publicou em suas redes sociais com o mesmo destaque o encontro que teve também ontem com o candidato a presidente do Novo, Luiz Felipe D’Avila. E com um texto muito parecido com o que escreveu para falar da reunião com Doria (“Reforçamos a importância de manter esses canais de diálogo abertos, para romper com a polarização existente e trazer o país de volta ao bom senso e ao equilíbrio”). Em certo sentido, igualou as duas conversas — a que teve com um candidato do próprio partido com a ocorrida com um postulante de uma legenda a qual não é filiado.

Sergio Moro já fizera, conforme Lauro Jardim em sua coluna, o mesmo na véspera: reuniu-se com Doria e com D’Avila no mesmo dia e registrou em suas redes as duas conversas, dando a mesma importância as duas.

Em resumo, tudo isso traduz a dificuldade de João Doria alargar sua base de apoio e virar o que ele almeja, o candidato que vai disputar o páreo com Lula e Jair Bolsonaro.

Neste momento, ter sido ultrapassado por Moro em todas as pesquisas é mais um desafio que ele terá que superar: como virar esse jogo nesta fase de pré-campanha?

Numa entrevista a Renato Andrade e Sergio Roxo, publicada no GLOBO de hoje, Doria tenta lançar a (difícil) ideia que a posição dos candidatos nas pesquisas não deveria ser o critério principal para a escolha do político a encabeçar a terceira via. Disse Doria:

— (…) Se a definição de pesquisa e popularidade fossem suficientes, talvez escolhêssemos alguém completamente fora da política, do mundo da televisão, do mundo das artes. Mas essa pessoa teria condições de fazer o enfrentamento em uma campanha com Lula e Bolsonaro? Vamos ter as mais sujas e sórdidas campanhas da História. A Justiça Eleitoral não terá capacidade de conter isso. E, se vencer, essa pessoa de alta popularidade terá capacidade de administrar o Brasil? De gerenciar um país arrasado pelo bolsonarismo?

As perguntas são claramente direcionadas a Moro que hoje completa um mês de sua pré-candidatura lançada e, antes de se tornar uma pedra no sapato de Lula ou Bolsonaro, está tirando o sono mesmo é de Doria.

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