Em um recado velado a membros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pediu de acordo com Victor Irajá da Veja, direto de Londres, nesta quinta-feira (20) que entes políticos “respeitem o passado” e projetos aprovados pelo Congresso Nacional durante os “últimos seis anos”. “Essas iniciativas devem ser respeitadas, ainda que não sejam ideais na visão do governo, é melhor que se tenha estabilidade e que a política que foi responsável a fazer reformas nos últimos seis anos seja respeitada”, disse, defendendo que a não revisão dos projetos trazem segurança jurídica ao país. Ele elencou as reformas da Previdência e a trabalhista; e os marcos legais como os do saneamento, o cambial, e o do gás. As falas se deram durante o Lide Brazil Conference, realizado em Londres.
Pacheco ainda foi enfático ao dirigir-se ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto — também presente no evento —, afirmando que, apesar de continuar apoiando a autonomia do Banco Central, as instituições precisam “encontrar os caminhos para a redução imediata das taxas de juros no Brasil”. “Ruídos e marolas são um problema? Vamos atacar esse problema e criar um ambiente suscetível para a redução da taxa de juros”, disse. Ele afirmou que, mesmo com ruídos durante o governo de Jair Bolsonaro, o país teve taxas de juros a 2% e afirmou que a redução é um “desejo muito sincero do Congresso Nacional, consonante com o setor produtivo”. Foi aplaudido.