As campanhas de Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), entre os dias 12 e 18 de outubro, 68 pedidos de resposta ou solicitação para a retirada de conteúdo — uma média de quase dez por dia. Segundo Sérgio Quintella, da Veja, desses processos,42 partiram do petista, contra 26 do atual presidente.
Entre os temas que mais levaram os advogados do PT a recorrer ao Judiciário estão a peça segundo o colunista, a que diz que Lula teve mais votos entre os presidiários no primeiro turno (treze ações), falas fora de contexto em que Lula aparece falando mal de nordestinos (quatro), além de vídeos antigos do seu vice, Geraldo Alckmin (PSB) criticando o PT (três). Também irritaram a campanha do ex-presidente menções como “Lula quebrou o Brasil”, “Lula é cúmplices de bandidos” e “Lula é favorável ao aborto”.
Do lado de Jair Bolsonaro, as principais queixas são de impulsionamento irregular de conteúdos nas redes sociais (seis), de propaganda em que o presidente é chamado de “miliciano” e ‘criminoso” (cinco) e de notícias de que o combustível vai subir de preço depois das eleições (dois). Além disso, termos como “Bolsonaro é preconceituoso com nordestinos”, “Bolsonaro é dono de 51 imóveis” e “Bolsonaro é o pai da mentira” também viraram objeto de questionamentos no tribunal.