O 13 de maio entrou para a história do Brasil como o dia em que a Lei Áurea – um dispositivo legal com apenas dois artigos, assinado pela regente do país na época, a princesa Isabel. O ano era 1888 – ou seja, há exatos 135 anos; no papel, foi decretado: “É declarada extinta, desde a data desta lei, a escravidão no Brasil”. No ano passado, o Repórter Brasil, da Agência Brasil, discutiu o simbolismo e as críticas sobre o documento, cujo original está guardado nos arquivos do Senado Federal:
Nesta data, mas no ano passado, o Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, relembrou a luta pela abolição, a história de pretos e pretas escravizados que batalharam pela liberdade – como Lucas da Feira e os homens e mulheres de quilombos – e narra o início do movimento negro:
A escravidão é tema de uma série de episódios do programa Na Trilha da História, da Rádio Nacional. Este episódio, com um dos maiores estudiosos da escravidão no país, o historiador João José Reis, detalha como funcionava o tráfico de pessoas escravizadas, a rotina de trabalho forçado nas fazendas e nos centros urbanos, e como surgiram os contextos político e social que culminaram no fim da escravidão:
Já neste, o assunto é o que aconteceu com as pessoas libertas pela Lei Áurea: a exclusão e a marginalização que enfrentaram, as dificuldades para ter acesso ao trabalho e à educação e violências que sofreram e deixaram marcas profundas na sociedade, como o racismo. Ouça:
Por fim, o Na Trilha da História conversou, em duas oportunidades, com o jornalista e escritor Laurentino Gomes, que se debruçou sobre a história da escravização no Brasil para compilar a trilogia Escravidão, que aborda desde o primeiro leilão de cativos em Portugal até a abolição de 1888.