Com um repertório eclético e diferenciado, a Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) fez a sua participação nas comemorações de fim de ano da Assembleia Legislativa, na tarde desta última quarta-feira (18), no auditório Jornalista Jorge Calmon. Uma iniciativa do mandato do deputado Marcelino Galo (PT), o evento, em sua quarta edição, contou com a presença do presidente da Casa, Nelson Leal e do deputado Zé Raimundo (PT).
Ao abrir o evento, Leal deu boas vindas aos músicos e ressaltou a honra de contar com a parceria da Osba, uma das mais celebradas no Brasil, nos festejos natalinos e também de ser conterrâneo de um dos mais importantes compositores baianos, o maestro e professor Lindemberg Cardoso, nascido em Livramento de Nossa Senhora.
Repertório
A viagem musical começou com a composição “Danças Romenas”, do húngaro Bela Bartók, seguida das de “Ponteio” e “O Oboé de Gabriel”, do brasileiro Cláudio Santoro. A orquestra excecutou, também, trilhas sonoras dos filmes Cinema Paradiso e A Missão, compostas pelo italiano Ennio Morricone e “Noite Feliz”, de Joseph Mohr e Franz Xaver Gruber. Da música popular brasileira, a Osba tocou Beatriz, de Edu Lobo e Chico Buarque, e finalizou o concerto levando a plateia a cantar “Prefixo de Verão”, grande sucesso da axé music no início da década de 90, composto pelo baiano Beto Silva.
Segundo Carlos Prazeres, atualmente a Osba é motivo de orgulho como uma das orquestras brasileiras mais celebradas e que, ao mesmo tempo, consegue perambular pelo mundo da música popular. “Ao estar presente aqui, ela cumpre sua própria função de orquestra, tocando música e o coração daqueles que nos vêem. É muito importante que venhamos pra cá, mostrar um pouquinho do nosso trabalho e alimentar de boa música aqueles que povo escolheu para representá-lo”, pontuou.
Para Marcelino Galo, proponente do Concerto de Natal com a Osba, que já faz parte do calendário de atividades da ALBA, é fundamental continuar promovendo e apoiando todas as linguagens artísticas por serem importantes canais possibilitadores da identidade do povo.
“A manifestação cultural tem a ver com resistência nesse país, tem a ver com identidade e construção do que a gente tem de mais belo, e para ter beleza é precisa de liberdade e democracia. É uma manifestação política”, afirmou.