Desde março, com o fim da janela partidária e uma grande reconfiguração das bancadas, o plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) tem enfrentado uma diminuição na quantidade de sessões. O aumento do número de parlamentares oposicionistas e a proximidade das eleições são os principais motivos para que o governo tenha vivido dificuldades na aprovação de projetos na Casa.
Em entrevista ao site Bahia Notícias, o deputado estadual Alan Sanches (União) afirmou que a tendência é que a oposição continue endurecendo o jogo na AL-BA para a aprovação de projetos considerados polêmicos, como é o caso daquele que deseja regulamentar as pensões pagas a famílias de policiais militares.
“Muitas vezes, eles estão querendo trazer projetos, agora faltando 53 dias para as eleições, extremamente polêmicos, como o da pensão dos militares. Nós não vamos concordar com isso. Então, esse jogo a gente endurece realmente”, disse Sanches.
O governo do estado e o presidente da AL-BA, deputado Adolfo Menezes (PSD), têm feito apelos para que a oposição aceite conversar, para chegar a um acordo pelas votações tanto do projeto de pensões militares quanto da proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Os pedidos, entretanto, não estão sendo acatados pela oposição, liderada na AL-BA pelo deputado Sandro Régis (União). Recentemente, o parlamentar oposicionista declarou ao Bahia Notícias que não faria qualquer acordo com o governo para votar o que quer que seja.
Há uma semana, porém, o governo, liderado pelo deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), chegou a um acordo com a oposição, interinamente comandada na AL-BA por Tiago Correia (PSDB), para votar e aprovar dois projetos encaminhados pelo Poder Executivo.
“Nosso trabalho lá, independentemente do jogo político, é em prol da Bahia. Nos projetos que são benéficos para a nossa Bahia, a gente tem aprovado”, defendeu Alan Sanches.