Um navio de salvamento chegou esta semana ao local onde foi abandonado o petroleiro FSO Safer, na costa do Iêmen.
O superpetroleiro ancorado na Península de Ras Isa, no Mar Vermelho, se prepara iniciar a remoção de mais de 1 milhão de barris de petróleo. A operação é coordenada pelas Nações Unidas.
Transferência do FSO Safer para o Náutica
A organização diz precisar ainda de US$ 29 milhões com urgência para concluir a operação. Até agora, foram levantados US$ 114 milhões.
Os especialistas envolvidos nas operações devem transferir petróleo do FSO Safer para o Náutica, que deve partir do Djibuti em julho.
Há, no entanto, o risco iminente de que o FSO Safer possa explodir ou se quebrar, causando uma catástrofe ambiental. A limpeza custaria US$ 20 bilhões.
OS fundos disponíveis até agora foram doados por Estados-membros da organização, empresas privadas e o público numa campanha de angariação.
Exemplo da importância da prevenção
Para o administrador do Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, a chegada do navio de apoio ao salvamento é um passo crítico e ocasião de orgulho.
Achim Steiner considera a vinda da embarcação, operada pela empresa holandesa Smit, “um excelente exemplo da importância da prevenção” de desastres.
A ideia é evitar um potencial catástrofe humanitária e ambiental com os fundos conseguidos até o momento.
O FSO Safer foi transformado em embarcação flutuante de armazenamento e descarga de petróleo após ter sido construído em 1976.
Operações suspensas
O superpetroleiro está ancorado perto do terminal petrolífero Ras Isa, em área controlada pelos rebeldes Houthi. Desde 2015, o movimento iemenita combate o governo do Iêmen, que é apoiado por uma aliança internacional liderada pela Arábia Saudita.
Os confrontos levarão à interrupção das operações de manutenção e a estrutura se deteriorou de forma significativa.
O conteúdo do FSO Safer é quatro vezes superior à quantidade de petróleo derramado em 1989 no desastre do Exxon Valdez, no Alasca. O acidente é considerado um dos maiores do mundo.
De acordo com as Nações Unidas, um grande derramamento no Mar Vermelho destruiria recifes de corais, manguezais e outras formas de vida marinha.
Com tal situação, milhões de pessoas seriam expostas ao ar altamente poluído, a danos a comunidades pesqueiras, ao fechamento de portos próximos e à interrupção do transporte marítimo pelo Canal de Suez.