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sexta-feira 10 de maio de 2024 às 17:37h

ONU apoia população afetada por enchentes no sul do Brasil

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Organização contribui com envio de kits de emergência, apoio a abrigos, monitoramento de doenças e assistência a menores; Agência da ONU para Refugiados apoia estas populações com informações e levantamento de necessidades; Rio Grande do Sul é um dos estados com maior presença de refugiados e migrantes.

A Coordenadora Residente da ONU no Brasil, Silvia Rucks, está liderando a resposta da organização à crise causada pelas fortes chuvas e inundações no sul do país.

Isto inclui o envio de suprimentos de emergência e o monitoramento da propagação de doenças, o apoio a abrigos, distribuição de kits de emergência e o monitoramento da situação de crianças e adolescentes, alguns dos quais foram separados de suas famílias.

Mensagem de solidariedade ao povo brasileiro
Na quarta-feira, o secretário-geral da ONU, António Guterres, emitiu uma nota dizendo estar “profundamente entristecido” pela perda de vidas e pelos danos no sul do Brasil. Ele enviou condolências e solidariedade ao Governo e ao povo, bem como às famílias das vítimas.

O líder da ONU enfatizou que catástrofes como esta são um “lembrete dos efeitos devastadores da crise climática nas vidas e nos meios de subsistência”.

Em resposta às devastadoras enchentes no Estado do Rio Grande do Sul, a Agência da ONU para Refugiados, Acnur, e organizações parceiras estão colaborando com autoridades públicas e da sociedade civil para minimizar os efeitos desta catástrofe, apoiando pessoas brasileiras, refugiadas e migrantes que estão deslocadas.

O Acnur estima que 41 mil pessoas refugiadas ou com necessidade de proteção internacional vivem no Rio Grande do Sul. Com base nos dados do Governo Federal, destas 35 mil vivem em condições de vulnerabilidade e podem ter sido afetadas direta ou indiretamente pelas inundações.

Impacto nas populações refugiadas

Estas pessoas informam que perderam casas, pertences e documentos, com negócios e outras atividades de geração de renda destruídos pelas águas. O Rio Grande do Sul é um dos estados brasileiros com maior presença de pessoas refugiadas e migrantes, especialmente venezuelanos e haitianos, muitos vivendo em áreas de risco.

Devido à dificuldade de acesso aos locais mais afetados, o Acnur está apoiando o Governo Estadual do Rio Grande do Sul e o Comitê Estadual de Migrantes e Refugiados na avaliação do impacto das inundações e na identificação das necessidades destas populações.

A agência também está apoiando a comunicação com as diversas comunidades impactadas para que as pessoas refugiadas e migrantes tenham acesso, em seu idioma, às informações fornecidas pela Defesa Civil e autoridades locais sobre as recomendações de proteção e os riscos associados aos locais onde vivem.

Ao mesmo tempo, na cidade gaúcha de São Leopoldo, a Unisinos, universidade parceira da Cátedra Sérgio Vieira de Mello do Acnur, converteu parte de suas instalações em um abrigo temporário de emergência, fornecendo apoio atualmente a cerca de 1,3 mil pessoas brasileiras, refugiadas e migrantes diretamente afetadas pelas enchentes.

Assistência financeira direta para os afetados

O Acnur estima uma necessidade de R$ 16 milhões para responder às necessidades emergenciais, especialmente distribuição de assistência financeira direta às pessoas impactadas e itens de primeira necessidade. Quem deseja apoiar a resposta do Acnur na emergência das inundações no Rio Grande do Sul pode doar por meio do link

A agência da ONU destacou a importante atuação de dois parceiros fundamentais no estado, as organizações Aldeias Infantis SOS e Serviço Jesuíta para Migrantes e Refugiados, cujas equipes e estruturas também foram severamente impactados pela catástrofe. Ambas as organizações seguem atuando para prover ajuda imediata e assistência às populações residentes.

 

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