O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) vai adotar medidas extras para reforçar o fornecimento de energia elétrica nas Eleições de 2022. A iniciativa foi divulgada nesta quinta-feira (08) pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).
Conforme resolução do comitê, cabe ao ONS propor medidas especiais “visando dar segurança acima dos padrões técnicos exigidos na operação do sistema” em “eventos de grande relevância e repercussão nacional”.
O objetivo, segundo o operador nacional, é reforçar a segurança do suprimento de energia nos dois turnos das eleições deste ano – marcados para os dias 2 e 30 de outubro.
Entre as medidas adotadas no período, estão:
- bloqueio de intervenções programadas;
- despacho (acionamento) das usinas termelétricas Termorio, no Rio de Janeiro, e Mauá III, em Manaus;
- e ações junto às empresas concessionárias para manutenção de equipes de prontidão para atuar em caso de ocorrências.
Segundo nota do CMSE, também serão adotadas “estratégias relacionadas à comunicação, de forma a garantir o devido fluxo de informações entre as instituições, inclusive os Tribunais Eleitorais, e os agentes de distribuição”. O comitê, contudo, não deu detalhes de como isso será feito.
Situações dos reservatórios
Segundo avaliação do CMSE divulgada nesta quinta, apesar do período seco típico desta época do ano, os reservatórios das hidrelétricas estão em uma situação mais confortável do que a registrada no durante a crise hídrica do ano passado.
“Todos os subsistemas do Sistema Interligado Nacional (SIN) finalizaram o mês com valores superiores aos de 2021, o que fortalece a segurança do atendimento nos próximos meses, mesmo frente à permanência da condição seca no País e esperado aumento da carga”, diz o comitê em nota.
Segundo dados do ONS, o nível dos reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste, responsáveis por 70% da capacidade de produção de energia no país, está hoje em 54,68%. Em setembro de 2021, o armazenamento chegou a alcançar 16,75%, menor nível desde novembro de 2014.