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Sede da OMS em Genebra - (Denis Balibouse/Reuters)
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segunda-feira 21 de março de 2022 às 12:21h

OMS pede investimento massivo para frear tuberculose

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O gasto mundial dedicado à luta contra a tuberculose é totalmente insuficiente para relançar a batalha contra a enfermidade após anos de luta suspensa por causa covid-19, alertou, nesta segunda-feira (21), a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Como motivo do Dia Mundial da Luta contra a Tuberculose (24 de março), a OMS recordou que os objetivos fixados para 2022 “estão em risco, principalmente por falta de financiamento”.

O organismo acrescentou que o gasto mundial em detecção, tratamentos e prevenção da tuberculose em 2020 eram a metade do objetivo mundial de 13 bilhões de dólares por ano.

“É necessário fazer investimentos urgentes para desenvolver e ampliar o acesso aos serviços e instrumentos mais inovadores para prevenir, detectar e tratar a tuberculose, o que poderia salvar milhões de vidas a cada ano, reduzir as desigualdades e evitar enormes perdas econômicas”, indicou o diretor-geral da OMS Thedros Adhanon Ghebreyesus, em comunicado.

Em matéria de investigação e desenvolvimento, a organização estima que o mundo deveria investir globalmente 1,1 bilhão de dólares adicionais.

A interrupção dos serviços de saúde devido à pandemia de covid-19 anulou anos de progresso mundial na luta contra essa doença que afeta os pulmões principalmente, denuncia a OMS. Desse modo, as mortes vinculadas à tuberculose começaram a aumentar novamente pela primeira vez em mais de uma década.

De 2018 a 2020, 20 milhões de pessoas receberam tratamento contra essa doença, 50% do objetivo de cinco anos estabelecido em 40 milhões de pessoas. Durante o mesmo período, 8,7 milhões de pessoas receberam tratamento preventivo, 29% do objetivo fixado em 30 milhões para 2018-22.

Porém, a pior parte acomete os mais jovens. Em 2020, 63% das crianças e adolescentes menores de 15 anos com tuberculose permaneceram fora do radar dos sistemas de saúde ou não foram informados oficialmente sobre o acesso aos serviços de testes e tratamentos. A proporção foi ainda maior – de 72% – para as crianças menores de 5 anos.

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