A Organização Mundial da Saúde (OMS) concedeu nesta segunda-feira (15) a aprovação emergencial para a vacina da AstraZeneca/Oxford contra a Covid-19, o que abre caminho para a distribuição de centenas de milhões de doses para países em desenvolvimento.
A medida permitirá que o imunizante seja fornecido pela aliança global Covax, coordenada pelo OMS. O consórcio pretende distribuir 337,2 milhões de doses da AstraZeneca/Oxford ainda no primeiro semestre deste ano. Trata-se de um numero expressivo devido à facilidade para transporte da vacina, que exige condições de armazenamento muito mais fáceis do que, por exemplo, a vacina da Pfizer/BioNTech, que levará 1,2 milhão de doses ao Covax.
Uma dose da AstraZeneca/Oxford pode ser mantida em uma geladeira comum, a uma temperatura de 2 a 8 graus Celsius. Já o produto da Pfizer/BioNTech exige um armazenamento a -70 graus Celsius.
As doses “destravadas” com o aval da OMS serão fabricadas na Coreia do Sul e na Índia pelo Instituto Serum, o mesmo de onde vieram 2 milhões de doses emergenciais de AstraZeneca/Oxford para o Brasil em janeiro.
Na semana passada, um comitê de especialistas em vacinas da OMS recomendou a aplicação do imunizante para qualquer pessoa com 18 anos de idade ou mais, inclusive em países onde circulam variantes mais contagiosos do coronavírus, como Brasil e Reino Unido.
No entanto, a eficácia da vacina para pessoas com mais de 65 anos foi contestada em alguns países, como Portugal, Alemanha e França. O imunizante, no entanto, foi defendido por médicos no Brasil e no Reino Unido.
Para a OMS e seus especialistas, o imunizante cumpre perfeitamente a prioridade do momento: limitar a gravidade e a mortalidade de uma pandemia que já matou 2,4 milhões de mortos em pouco mais de um ano.