A OMS disse na quarta-feira (8) que a Faixa de Gaza enfrenta risco alto de rápida propagação de doenças infecciosas. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a principal causa da ameaça é o ataque israelense à região, que perturba o sistema de saúde, o acesso à água potável e faz com que as pessoas se aglomerem em abrigos.
“Algumas tendências preocupantes já estão surgindo”, diz a OMS em nota. “A situação é particularmente preocupante para as quase 1,5 milhão de pessoas deslocadas em Gaza, especialmente aquelas que vivem em abrigos superlotados e com acesso deficiente a instalações de higiene e água potável, aumentando o risco de transmissão de doenças infecciosas”, completou.
Segundo a OMS, a falta de combustível levou ao encerramento de fábricas de dessalinização, “aumentando significativamente o risco de infecções bacterianas, como a diarreia, que se espalham à medida que as pessoas consomem água contaminada”. A escassez “também perturbou toda a recolha de resíduos sólidos, criando um ambiente propício à proliferação rápida e generalizada de insetos e roedores que podem transmitir doenças”.
A OMS afirma que, desde meados de outubro, foram notificados mais de 33.551 casos de diarreia, sendo que mais da metade ocorre em crianças menores de 5 anos. O número representa, conforme a Organização, “um aumento significativo” em comparação com a média de 2.000 casos mensais em crianças menores de 5 anos registrados em 2021 e 2022.