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domingo 6 de março de 2022 às 08:36h

OMS acusa Rússia de atacar hospitais e civis

NOTÍCIAS, SAÚDE


A OMS (Organização Mundial da Saúde) informou neste domingo (6) que a Rússia realizou pelo menos quatro ataques contra hospitais, profissionais de saúde e pacientes na Ucrânia desde o início do conflito, em 24 de fevereiro. Os ataques deixaram pelo menos seis mortos e 11 feridos. Segundo relatório da OMS, o ataque mais letal aconteceu no primeiro dia da invasão russa à Ucrânia e resultou em quatro mortos e 10 pessoas feridas. O documento diz que foi usada “violência com arma pesada (como armas de fogo, tanques, mísseis, bombas ou morteiros)”.

Não foram divulgados detalhes sobre as ocorrências e vítimas. Outros ataques foram registrados em 25 de fevereiro, 26 de fevereiro (com dois mortos e um ferido) e no dia 2 de março. A OMS investiga outros dois possíveis ataques em 24 de fevereiro.

O ministro da Saúde da Ucrânia, Viktor Lyashko, informou que 34 hospitais foram fechados desde o início da invasão russa. “É outra violação da Convenção de Genebra. Como resultado das ações de terroristas russos, 34 hospitais na Ucrânia foram danificados, alguns dos quais não poderão mais funcionar”.

Lyashko diz que as informações serão compartilhadas com tribunais internacionais —o Tribunal Penal Internacional de Haia, na Holanda, já iniciou uma investigação sobre a invasão da Rússia à Ucrânia.

Nas redes sociais, o diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom, condenou as ações da Rússia. “Ataques a instalações de saúde ou trabalhadores violam a neutralidade médica e são violações do direito internacional humanitário”.

A maioria dos ataques acontece em hospitais, mas alguns foram identificados contra ambulâncias, afirmou o chefe de escritório da OMS na Ucrânia, Jarno Habicht, em entrevista hoje à BBC.

Segundo ele, os profissionais de saúde da linha de frente são os mais afetados e a situação é “devastadora”. Habicht relatou que o trabalho das equipes está cada vez mais difícil na Ucrânia desde a ofensiva militar, que sobrecarregou o sistema.

Muitos profissionais passaram a trabalhar em abrigos antiaéreos, diz Habicht.

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