Omar Aziz (PSD-AM), no plenário do Senado, respondeu à nota oficial que o ministro da Defesa, Braga Neto, e os comandantes das três Forças Armadas divulgaram em repúdio ao presidente da CPI da Covid, a quem acusaram de leviano, irresponsável e de desrespeitar os militares, “generalizando esquemas de corrupção”. Disse o presidente da CPI:
— Podem fazer 50 notas, só não me intimidem. Quando estão me intimidando, estão intimidando o Senado.
O trecho final da nota dos militares era claramente ameaçador:
— As Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro.
Transcrição
A NOTA DO MINISTÉRIO DA DEFESA SOBRE AS FALAS DE OMAR AZIZ NA CPI REPERCUTIU NO SENADO
O PRESIDENTE DA COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DIZ QUE NÃO ACEITA INTIMIDAÇÃO. REPÓRTER PEDRO PINCER:
O Ministério da Defesa e os comandantes das Forças Armadas repudiaram a fala do presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz, do PSD do Amazonas, que criticou o envolvimento de integrantes das Forças Armadas em casos suspeitos de irregularidades no Ministério na Saúde. Em nota, a pasta afirmou que “as Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”. Durante o depoimento do ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, Omar Aziz disse que “os bons das Forças Armadas devem estar envergonhados” pelo envolvimento de militares nas suspeitas de corrupção no Ministério da Saúde. Mais tarde, no plenário do Senado, o presidente da CPI disse que não vai aceitar intimidações.
E a minha fala hoje foi pontual, não foi generalizada. E vou afirmar aqui o que eu disse lá na CPI, novamente: podem fazer 50 notas contra mim; só não me intimidem, porque, quando estão me intimidando, Presidente – V. Exa. não falou isto –, estão intimidando esta Casa aqui. O que eu disse foi pontual, que há muito tempo m não se falava um ai das Forças Armadas, e hoje um ex-sargento da Aeronáutica foi depor e foi preso, porque mentiu
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, fez um discurso pacificador e pregou respeito às Forças Armadas.
Quero aqui, em nome do Senado Federal, render o meu mais profundo respeito às Forças Armadas – ao Exército, à Marinha e à Aeronáutica –, cuja previsão constitucional haverá de ser sempre observada por todos nós e tenho absoluta convicção de que é aquilo que todos os Senadores e todas as Senadoras, inclusive o Senador Omar Aziz, pensam em relação às Forças Armadas, da sua importância, do seu significado, da sua importância para a sociedade e da sua previsão constitucional, que deve ser sempre ratificada e observada.
O senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, disse esperar que a manifestação das Forças Armadas tenha sido o que classificou de breve excesso, porque, se for diferente, é um caminho muito ruim para a ordem democrática. Já Flávio Bolsonaro, do Pariota do Rio de Janeiro, fez um desagravo às Forças Armadas e disse que elas divulgaram a nota por terem se sentido ofendidas. Da Rádio Senado, Pedro Pincer