Pai e filho eram testemunhas-chave no escândalo do pagamento de propinas pela Odebrecht na Colômbia
O arquiteto Alejandro Pizano Ponce de León, filho de Jorge Enrique Pizano, testemunha-chave da investigação sobre o pagamento de propinas feitos por parte da construtora Odebrecht na Colômbia, morreu envenenado três dias após o falecimento do pai, que foi responsável pelo controle financeiro da Rota do Sol II, que liga o centro ao norte do país, por parte da Corporação Financeira Colombiana (Corficolombiana).
O óbito foi confirmado pelo MP da Colômbia. “Segundo o resultado da autópsia do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciência Forense, a causa da morte foi envenenamento com cianureto”, disse María Paulina Riveros, vice-promotora-geral, em entrevista coletiva.
As autoridades colombianas investigam o caso, como informou a imprensa local.
De acordo com a promotora, o cianureto foi encontrado dentro de uma garrafa de água com gás que estava sobre um móvel no quarto do pai do arquiteto, que lutava contra um câncer e havia morrido três dias antes por infarto. León bebeu o líquido, se sentiu mal, desmaiou e faleceu.
“Por causa dos fatos anteriores, a Procuradoria-Geral também abriu uma investigação para determinar porque essa substância estava na casa do pai da vítima”, acrescentou promotora.
O Instituto de Medicina Legal e Ciência Forense informou também que vai analisar a morte de Jorge Enrique Pizano, ocorrida aparentemente por infarto. Ele foi responsável por divulgar detalhes importantes sobre o escândalo envolvendo a Odebrecht na Colômbia.
Pizano disse, por exemplo, que sabia do esquema de corrupção da construtora no país desde 2013
A Promotoria da Colômbia diz que a Odebrecht pagou mais de US$ 28 milhões em propinas para garantir o contrato da Rota do Sol II.