A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu a previsão de crescimento do Brasil em 2025, de 2,3% para 2,1%, e para 2026, de 1,9% para 1,4%, de acordo com o Interim Economic Outlook. As estimativas anteriores foram realizadas em dezembro. Segundo o relatório, a redução da velocidade da economia do País no biênio deve ocorrer devido à elevação de juros pelo Banco Central e por efeitos ao nível de atividade provocados pela alta de tarifas a aço e alumínio exportados aos EUA.
“É esperado que a expansão no Brasil desacelere em relação ao seu recente ritmo rápido, pois o impacto do aperto da política monetária e das tarifas mais altas sobre as exportações de aço e alumínio para os Estados Unidos reduzirá o crescimento de 3,4% em 2024 para 2,1% em 2025 e 1,4% em 2026.”
A redução das projeções para o produto interno bruto do Brasil pela OCDE ocorre em contexto no qual a instituição prevê uma moderação da economia global em 2025 e 2026 devido “a maiores barreiras comerciais” nos países membros do G20 e “aumento de incertezas geopolíticas e de políticas pesando sobre investimento e gasto de famílias.”
A OCDE prevê que o crescimento global baixará de 3,2% em 2024, para 3,1% em 2025 e 3,0% em 2026.
Em relação à inflação no Brasil, a OCDE aumentou suas projeções de 4,2% para 5,4% em 2025 e de 3,6% para 5,3% em 2026. O documento destaca que o Banco Central tem elevado os juros no País “para assegurar que as expectativas de inflação continuem bem ancoradas.”
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico destacou que a taxa de desemprego “está particularmente baixa” no Brasil e Turquia, em comparação ao período 2018-2019, biênio anterior à pandemia.