As Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) vão encerrar o ano com déficit de R$ 31 milhões. A instituição abriga, em Salvador, um dos maiores complexos de saúde do país, com atendimento 100% gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Esta é a pior crise financeira da história das OSID, desde a fundação, em 1959. Dos R$ 31 milhões de déficit, R$ 11 milhões são do acumulado de 2021, e o restante do atual exercício. Ao todo as Obras Sociais acolhem quase três milhões de pessoas anualmente.
O déficit eleva o risco dos serviços prestados à população serem descontinuados, especialmente para as pessoas mais vulneráveis, que são assistidas pela instituição, já que a falta de dinheiro impacta também nos serviços essenciais, como energia elétrica, água e telefonia.
A possível interrupção atingiria pacientes de perfis variados, como pacientes oncológicos; idosos; pessoas com deficiência e portadoras de deformidades craniofaciais; dependentes de substâncias psicoativas; pessoas em situação de rua; crianças e adolescentes em risco social; entre outros.
Confira alguns números das Obras Sociais Irmã Dulce:
- 3,5 milhões de procedimentos ambulatoriais por ano na Bahia;
- 3 milhões de pessoas acolhidas por ano no estado;
- 23 mil cirurgias e 43 mil internamentos realizados anualmente no território baiano;
- 2,1 milhões de refeições servidas por ano para os pacientes;
- 1.741 leitos hospitalares na Bahia;
- 10,8 mil atendimentos por mês a pessoas com deficiência, em Salvador;
- 9 mil atendimentos mensais para tratamento do câncer na capital baiana.
As doação são a partir de R$ 10. Mais informações sobre como ajudar a OSID podem ser obtidas através do telefone (71) 3316-8899, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h30; ou através do site www.irmadulce.org.br/doeagora.