Representante da OAB-BA, o advogado Gustavo Amorim é o relator do processo de tombamento das obras do artista plástico Carybé em prédios de Salvador. A apresentação do parecer aconteceu na terça-feira (1º), na Casa dos Sete Candeeiros. A OAB-BA é uma instituições que compõem o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural da Fundação Gregório de Mattos.
Gustavo Amorim explica que o tombamento é um processo que visa preservar o acervo cultural e artístico da cidade. “A história da cidade está retratada nesses painéis e azulejos de Carybé e preservá-los é uma forma de manter essa narrativa histórica para as gerações futuras”, disse.
Ainda segundo o relator, foi graças a uma lei municipal da década de 1960 que muitas obras de arte foram expostas em prédios soteropolitanos. “Os prédios contruídos a partir daquela data tinham que ter uma obra artística e Carybé era um dos nomes mais procurados”, contou. Ao todo, o tombamento irá contemplar 19 obras que estão localizadas dentre outros espaços no Teatro Castro Alves, no Museu Afro, no Edifício Cidade de Ilhéus e no Aeroporto Luís Eduardo Magalhães.
A filha de Carybé, Solange Bernabó, esteve presente na apresentação do parecer e ficou feliz com a iniciativa do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural. “Eu acho muito importante essa iniciativa. É um exemplo que deve ser seguido e eu fico muito feliz que isso esteja acontecendo”, afirmou.
Nascido em Lanús, na Argentina, em 7 de fevereiro de 1911, Hector Julio Páride Bernabó adotou o nome artístico de Carybé. Ele mudou-se para o Brasil em 1949 e permaneceu aqui até o seu falecimento, no dia 2 de outubro de 1997. Carybé foi pintor, gravador, desenhista, ilustrador, ceramista, escultor, muralista, pesquisador, historiador e jornalista.