Ao desembarcar do voo que o trouxe de Orlando, nos EUA, onde passou os últimos três meses, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pôs fim à espécie de hiato autoimposto dias antes da posse de Lula, que o derrotou nas urnas em outubro do ano passado. A maior expectativa é sobre o papel que ele deve exercer na oposição ao atual governo, mas a questão pode ser bem mais complexa.
Já na semana que vem, segundo Bela Megale, do O Globo, Bolsonaro terá que prestar depoimento à Polícia Federal no caso que investiga as joias dadas pelo regime da Arábia Saudita, e que não foram devidamente incorporadas ao acervo da União, como se esperaria em casos de presentes de alto valor. O ex-presidente também enfrenta uma série de processos que podem torná-lo inelegível, e onde sua condenação é dada como certa mesmo por aliados.
Ao mesmo tempo, caciques do PL já dão algumas pistas sobre o que esperam de Bolsonaro. A começar pelas eleições municipais do ano que vem, nas quais ele é visto como um potencial cabo eleitoral que pode viabilizar vitórias importantes para a oposição. Algumas viagens, como ao Nordeste e ao Rio de Janeiro, já estão previstas, mas vale ressaltar que, no caso de Bolsonaro, surpresas sempre são possíveis e até esperadas.
O Ao Ponto de hoje analisa o retorno de Bolsonaro ao Brasil, e como ele deve se inserir em um contexto político diferente do que ele viu pouco antes de deixar o país.