Sobraram recados nos discursos dos chefes de poderes na cerimônia abertura do ano legislativo nesta quarta, no Congresso. Como presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) puxou a sardinha para o seu lado segundo a coluna Radar, ao dizer que a Casa foi a “grande fiadora” da estabilidade do país no último ano.
Ele disse que o parlamento não aceitará arroubos autoritários de qualquer ocupante do Palácio do Planalto, num recado claro a Lula e a Jair Bolsonaro.
“Nunca é demais reiterar a soberania do Parlamento. Aqui, nos últimos anos, muitas conquistas foram construídas e alcançadas com discussão, debate e, principalmente, pelo voto de cada um de nós. Por isso, quero ressaltar que, independentemente da conjuntura futura, o que o Brasil conseguiu aqui é definitivo. E como Poder mais transparente e democrático da República não permitiremos retrocessos discricionários e quiçá imperiais”, disse Pacheco.
O parlamentar exortou os principais atores políticos a deixarem a corrida eleitoral de lado por enquanto para a construção de um diálogo, “porque o país tem pressa”.
“Concluo, presidente Rodrigo Pacheco, deputadas, deputados, senadoras, senadores e demais autoridades presentes, conclamando a todos que deixemos as eleições para outubro, deixemos os interesses políticos para outubro e agora trabalhemos com ainda mais afinco e unidos para aprovar as medidas que são tão necessárias para o país e para os brasileiros”, disse ele.