Líder do Podemos na Câmara, o deputado federal Fábio Macedo (MA) foi um dos participantes segundo a revista Veja do encontro do presidente Lula (PT) com o chamado “Conselho Político da Coalizão”, nesta quarta-feira. A presença de ministros, parlamentares e integrantes de 15 partidos sinalizou que tratava-se de uma representação da base aliada do governo no Congresso. Mas este não necessariamente é o caso da legenda, que conta com 16 deputados e quatro senadores (todos estes de oposição).
Institucionalmente, o partido presidido por Renata Abreu se classifica como independente em relação ao Planalto e não se compromete com entrega de votos. Na bancada da Câmara, no entanto, há uma racha de acordo com a coluna Radar, entre a ala favorável à participação no governo, que tem Macedo como um de seus membros, e a outra totalmente contrária, caso do deputado paranaense Deltan Dallagnol, ex-procurador da República que chefiou a força-tarefa da Operação Lava-Jato — responsável pela prisão de Lula em 2018.
Dentro do Podemos, a justificativa dada para que a legenda fique em cima do muro em relação ao governo, mas ainda assim tenha um representante no tal “Conselho da Coalizão”, é a necessidade de se respeitar as diferenças políticas regionais. Novato na Câmara, Fábio Macedo é muito ligado ao governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), por exemplo. Por outro lado, não há qualquer empecilho para a atuação de Dallagnol e seu grupo na oposição a Lula.