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segunda-feira 11 de fevereiro de 2019 às 15:26h

O que se sabe sobre o acidente que matou o jornalista Ricardo Boechat

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Segundo PM, helicóptero fazia pouso de emergência quando bateu em caminhão

O apresentador Ricardo Boechat morreu aos 66 anos, nesta segunda-feira (11), em um acidente de helicóptero em São Paulo quando voltada de um evento em Campinas. A aeronave acabou caindo no Rodoanel. Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci morreram. O motorista de um caminhão que passava no local ficou ferido.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a aeronave caiu no KM 7 da pista, no sentido Castelo Branco. O capitão Augusto Paiva, da Polícia Militar Rodoviária, afirmou que o piloto tentava fazer um pouso de emergência quando o helicóptero foi atingido por um caminhão que passava por debaixo de um viaduto pela faixa do Sem Parar. O motorista da carreta teve ferimentos leves e foi socorrido por uma equipe de socorristas da própria concessionária responsável pela via.

De acordo com Paiva, o helicóptero buscava pousar no acesso do Rodoanel com a Rodovia Anhanguera quando aconteceu o acidente. O que levou a aeronave a tentar pousar de emergência no meio da pista ainda será determinado por perícia.

“Um caminhão que havia acabado de passar pela praça de pedágio na faixa do sem parar não teve tempo hábil de frear e colidiu com a aeronave ainda pousando. Preliminarmente entende-se que ele (caminhão) estava numa velocidade razoável para baixa porque havia acabado de passar pela praça de pedágio. Era uma faixa do sem parar, mas tinha seu limite de velocidade”, explicou.

Após o choque, o helicóptero pegou fogo. Bombeiros foram até o local, contiveram as chamas e bloquearam o trânsito no anel de acesso à rodovia. O local segue interditado.

A aeronave era do modelo BELL 206B, com o prefixo PT-HPG, com capacidade para piloto e mais quatro passageiros. A empresa proprietária do equipamento é a RQ Serviços Aéreos Especializados, que pertence ao piloto que morreu na queda. Segundo site da empresa proprietária, o helicóptero tem alcance de 500 km e velocidade de 170 km/h. O peso máximo de decolagem é de 1.247 kg.

A Força Aérea Brasileira abriu investigação para apurar as causas do acidente. Em comunicado, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) diz que o processo ainda está em fase inicial, com a perícia no local do acidente coletando dados e também com depoimentos de envolvidos de testemunhas.

Veja a nota:

“Investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), realizam a Ação Inicial da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PT-HPG, que aconteceu nesta segunda-feira (11/02), em São Paulo (SP).

A Ação Inicial é o começo do processo de investigação e possui o objetivo de coletar dados: fotografar cenas, retirar partes da aeronave para análise, reunir documentos e ouvir relatos de pessoas que possam ter observado a sequência de eventos.

A investigação realizada pelo CENIPA tem o objetivo de prevenir que novos acidentes com as mesmas características ocorram.”

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave, um Bell Helicopter prefixo PT-HPG, estava em situação regular.

“De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), a aeronave estava com o Certificado de Aeronavegabilidade válido, bem como a Inspeção Anual de Manutenção, ou seja, em situação regular”, diz nota da Anac.

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