O deputado federal Aécio Neves tem projetado um futuro sombrio caso João Doria seja escolhido o candidato do PSDB à Presidência da República. Nas rodas de conversas com aliados tucanos e com políticos de fora da sigla, Aécio afirma segundo a coluna de Guilherme Amado, que o PSDB encolherá porque Doria condicionará a verba do fundo partidário para financiar as candidaturas de deputados à declaração de apoio ao projeto presidencial.
Aécio diz que a candidatura de Doria não superará 5% das intenções de votos, o que obrigará muitos dos candidatos tucanos à Câmara a apoiarem Jair Bolsonaro. Nessa circunstância, ainda segundo Aécio, só haveria dois desfechos possíveis: ou os tucanos teriam de se endividar para fazer as campanhas sem o dinheiro do fundo partidário ou os candidatos desistiriam de concorrer devido à ausência de viabilidade eleitoral e financeira.
Em linhas gerais, Aécio define a eventual candidatura de Doria ao Palácio do Planalto como um “suicídio político”. E garante que esse posicionamento é manifestado pela maioria da bancada de deputados federais do partido.
No último fim de semana, Aécio esteve ao lado de Eduardo Leite num evento de apoio do PSDB de Minas Gerais à candidatura do governador gaúcho. O diretório mineiro declarou ter fechado questão em torno do projeto de Leite.
João Doria foi procurado para comentar a reportagem, mas preferiu não se manifestar.