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segunda-feira 18 de novembro de 2024 às 10:40h

O que é o G20, qual a sua importância e quais países participam?

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G20 é uma coligação que junta as vinte maiores economias do planeta — daí vem a origem do nome, que significa “Grupo dos Vinte”. Os países membros formam uma liga de cooperação internacional a fim de promover melhorias no desenvolvimento econômico, social, político e sustentável em escala global. Eles discutem as propostas ao longo do ano para, no último dia da Cúpula, assinar uma declaração conjunta e, em alguns casos, acordos.

A nomeação “cúpula” é uma referência ao termo em inglês “Summit”, que diz respeito ao ponto mais alto de uma montanha. Desse modo, a Cúpula seria o ápice dos debates realizados durante os 12 meses.

A relevância do G20

O encontro não é um espaço de deliberação formal, mas sim um palco para discussões, que podem ficar mais enfraquecidas pela mudança de governo de um de seus principais atores. Mas, ainda que seja apenas um fórum de discussão, os especialistas consideram que o G20 guarda enorme importância pela qualidade dos debates construídos.

“Vai muito além desses dois ou três dias que os chefes de estado se encontram. Se você chegar aqui no Rio de Janeiro, que tem a oportunidade de sediar o G20, ao longo de todo ano você tem reuniões”, diz o cientista político Leonardo Neves Paz, do Ibmec. “Você tem o U20, O20… Quer dizer: o U é de urbano, O é de oceano, tem o W de mulheres, tem C de cidades, tem de Universidades, tem o T de Think Thanks”, exemplifica. Os encontros reúnem, em geral, membros da sociedade civil de diversas nações, que formulam as propostas conjuntas para seus respectivos setores.

“Tem importância porque estamos numa época de muita fragmentação, de muita dificuldade de avançar qualquer coisa dos órgãos multilaterais, então na área econômica você tem empresários, grupo do trabalho, do comércio, do clima, todos fizeram propostas”, concorda Valls. “A gente está numa época de fragilidade das instituições multilaterais, como a OMC. Então, os países, os grupos dentro dos governos, conseguirem chegar em coisas importantes para mudar já é relevante.”

Todo o debate sobre economia global — que é a origem da criação do G20 — ocorrerá sob a sombra do recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que assume em janeiro de 2025. Vai pairar a dúvida se o que for decidido na participação dos Estados Unidos agora terá validade no governo Trump, que já anunciou, por exemplo, a saída do país do Acordo de Paris, firmado em 2015.

Quais países fazem parte do G20?

As nações integrantes da Cúpula são: Brasil, África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, além da União Europeia e União Africana.

Como funciona?

A presidência da Cúpula é rotativa e cabe ao país-sede do ano definir os principais assuntos que pautam a reunião. A organização do G20 é dividida em dois âmbitos de atuação: trilha de Sherpas e trilha de Finanças.

Sherpas são representantes dos líderes integrantes do grupo, que participam das negociações e debatem sobre as pautas da reunião. “Sherpa” é um termo usado para denominar o ajudante que, no alpinismo, auxilia o escalador a chegar até o topo da montanha.

Já a trilha de Finanças trata de temas macroeconômicos e é conduzida por chefes de Bancos Centrais e Ministérios de Economia.

Qual o poder do G20?

O grupo de vinte países não detém nenhum tipo de poder legislativo – ou seja, não tem autoridade para formular e aprovar leis.

A competência da Cúpula consiste em assumir compromissos políticos, econômicos, sociais ou qualquer outra esfera de interesse internacional. Os acordos, por sua vez, residem na confiança de que os governos cumprirão as metas estabelecidas.

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