Ao solicitar que Alexandre de Moraes, do STF, autorizasse a operação de hoje contra os militares do entorno de Jair Bolsonaro e Frederick Wassef, advogado do ex-presidente, a PF listou segundo a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, quais informações espera encontrar nos bens apreendidos com os alvos (celulares e computadores, principalmente, além de documentos e outros registros).
O preenchimento dessas lacunas, dizem os investigadores, deve reforçar a suspeita de um esquema de peculato e lavagem de dinheiro envolvendo a venda de presentes valiosos que Bolsonaro ganhou na Presidência (como as joias da Arábia Saudita, entre outros).
Falta saber a partir da operação de hoje, segundo a PF:
* Os valores pagos pela recuperação dos presentes (quando o TCU se preparava para auditá-los e cogitava determinar a devolução dos que haviam sumido);
* A origem dos recursos utilizados para a recuperação;
* A participação de outras pessoas nos crimes investigados (além de Mauro Cid e de seu pai; do assessor Osmar Crivelatti e de Wassef);
* A existência de novos bens desviados do acervo público;
* A tramitação dos recursos ilícitos decorrentes da venda dos bens.
De acordo com a PF, ainda conforme consta na decisão de Moraes, não existiria “outra medida investigativa menos invasiva (que as buscas e apreensões) que proporcione desvendar os detalhes da atividade ilícita, delimitar as condutas individuais e identificar possíveis partícipies”.