O novo arcabouço fiscal de Haddad

Fernando Haddad já mostrou o projeto de arcabouço fiscal para diversos personagens importantes (Geraldo Alckmin, Simone Tebet e Roberto Campos Neto, entre outros) e o detalhará nesta quinta-feira (16) a quem manda, ou seja, Lula.

Nessas conversas, Haddad deu segundo o colunista Lauro Jardim, do O Globo, algumas pistas do que deve vir por aí. Uma delas, é quase óbvia: pelas novas regras, o arcabouço flutuará mais do que o teto de gastos, que era radicalmente rígido.

As novas regras que vigorarão, se aprovadas primeiro por Lula e depois pelo Congresso, também considerarão algo que é caro ao presidente: alguns gastos têm que ser considerados como investimentos. É o caso da Educação e da Saúde. (“Temos que tirar a palavra gasto dos dicionários da Saúde e da Educação”, repetiu várias vezes Lula desde o ano passado).

Assim, segundo Lauro Jardim, gatilhos seriam disparados para liberar verbas nestes dois setores. Gastos em outras áreas poderiam ser ajustados ao longo do tempo dependendo da taxa de crescimento do PIB.

O novo arcabouço é um plano fiscal no qual três cabeças trabalharam além de Haddad: Gabriel Galípolo, secretário executivo; Rogério Ceron, secretário do Tesouro, e Guilherme Mello , secretário de Política Econômica.

Na semana passada, um entusiasmado Haddad chegou a dizer a um interlocutor:

— O novo arcabouço é muito bem feito. Serve tanto para um governo de centro-esquerda quanto para um liberal.