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MAÇOS DE DINHEIRO - O destino do dinheiro que ninguém sabe de onde veio Polícia Federal/Divulgação
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quinta-feira 29 de setembro de 2022 às 06:27h

O mistério da mochila de dinheiro que assombra a campanha do PT e MDB

JUSTIÇA, NOTÍCIAS


A menos de três dias das eleições, um mistério tem movimentado o cenário político do Piauí, registra a revista Veja. Na semana passada, a partir de uma denúncia anônima, a Polícia Federal interceptou uma pick-up que trafegava pela zona leste de Teresina. Dentro dela, os agentes encontraram uma mochila vermelha com 189.700 reais, um saco branco com 150.000 reais e, escondido debaixo do banco traseiro, mais 20.000 reais – no total, 359.700 separados em maços de notas de 50 e 100. O motorista do carro tentou fugir, foi perseguido pelos agentes, detido e levado para a delegacia. Autuado em flagrante, ele se negou a prestar depoimento – o que desencadeou uma série de rumores sobre a origem e o destino do dinheiro. Nos bastidores o comentário é que o dinheiro seria para eleição, possivelmente na compra de votos.

O caso ainda está sob investigação, mas alguns detalhes colhidos pela Polícia Federal apontam para o envolvimento de políticos locais. O motorista que se negou a prestar depoimento é Wellington do Nascimento Mesquita. Ele recebe um salário de 3.600 reais mensais como servidor da Assembleia Legislativa do Piauí, comandada pelo deputado estadual Themístocles Filho (MDB), candidato a vice-governador do estado na chapa de Rafael Fonteles, do PT.

Já a pick-up, pertence a uma locadora. O carro havia sido alugado para a empresa JDN Empreendimentos Urbanos, dona de contratos milionários com diversos órgãos públicos do governo do Piauí, comandado pelo petista Wellington Dias.

De acordo com os investigadores, o dono da empresa, Jackson Nogueira, é próximo ao deputado estadual João Madison (MDB), que, por sua vez, disputa a reeleição e é aliado de Themístocles, o candidato a vice-governador. Essas conexões alimentaram muitos boatos, mas a principal suspeita é que o dinheiro seria usado para comprar votos.

O deputado João Madison disse na revista Veja, que não conhece o funcionário da Assembleia Wellington Mesquita e negou que o dinheiro tivesse o gabinete dele como destino. “É só a Polícia Federal me chamar para depor que eu vou, mostro todo o meu gabinete, não tenho a esconder nada”. Jackson Nogueira e a JDN também foram procurados, mas não atenderam aos chamados.

De acordo com pesquisa Ipec para o governo do Piauí, o ex-prefeito de Teresina Silvio Mendes (União Brasil) lidera a disputa com 43% das intenções de voto, seguido por Rafael Fonteles, com 29%, que lidera a coligação que inclui o PT e o MDB.

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