A campanha de Lula traçou nesta semana segundo a coluna de Bela Megale, do O Globo, um mapa sobre os estados onde vê maior potencial para crescer no segundo turno. Além da aposta de aumentar votos no Nordeste, a campanha avalia que tem capacidade de ter ampliar votos no Rio de Janeiro, berço de Bolsonaro. No território, o presidente teve 51,09% dos votos e Lula 40,68%.
O otimismo se deve aos apoios que o ex-presidente angariou no estado, como o prefeito de Belford Roxo e liderança importante da baixada, Waguinho (União Brasil), o prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD) e Rodrigo Neves (PDT), que foi derrotado na disputa pelo governo do Estado.
Em São Paulo, os coordenadores da campanha também têm traçado um cenário de alta, apesar de Lula ter ficado sete pontos percentuais atrás de Bolsonaro no primeiro turno. O principal foco é o eleitor de centro que votou no governador Rodrigo Garcia (PSDB) em detrimento de Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicamos).
A leitura da campanha é que o eleitor de Garcia alimenta certa resistência a Bolsonaro, porque se fosse fiel ao presidente, já teria optado por Tarcísio. Para atrair esse eleitor, a figura da senadora Simone Tebet (MDB) é vista entre os petistas como um importante ativo. Em contrapartida, o próprio Garcia manifestou “apoio incondicional” a Bolsonaro e Tarcísio.
A equipe petista também acredita que consegue aumentar a liderança no Amazonas, utilizando o palanque de Eduardo Braga (MDB), que concorre contra Wilson Lima (União Brasil). Lá, o ex-presidente teve 49,58% dos votos, contra 42,80% de Bolsonaro. Em Santa Catarina, os petistas avaliam que é possível subir o patamar de 29,54% obtidos por Lula contra 62,21% do presidente na onda da rejeição a Bolsonaro. A aposta está concentrada no palanque de Décio Lima (PT) contra o bolsonarista Jorginho Mello (PL).
Em Minas Gerais, onde Lula teve 48,29% e Bolsonaro 43,6% dos votos, a campanha petista trabalha para tentar conter o avanço do presidente, que conta com o apoio e mobilização do governador reeleito Romeu Zema (Novo). Entre os reforços que o petista recebeu no estado está o do senador Alexandre Silveira (PSD), que ficou em segundo lugar na disputa de sua reeleição. Em Minas, Lula teve 48,29%dos votos contra 43,60% de Bolsonaro.