O Diretório Nacional do PSOL se reuniu no sábado (17) em São Paulo para decidir conforme a Lauro Jardim, do O Globo, se ocupava cargos no governo Lula. Depois de horas de discussões, deliberou pelo malabarismo.
Oficialmente, resolveu que não aceitaria convites, se eles forem feitos. Só que não. Neste quesito, nada de radicalismo: quem for dirigente do PSOL, pode aceitar, contanto que peça licença do cargo de direção.
Ou seja, se Lula convidar, por exemplo Juliano Medeiros, o presidente do partido, ele pode dizer “sim”; é só pedir dispensa por uns tempos da presidência: “A eventual presença nesses espaços não representa participação do PSOL”, diz o partido em nota oficial. É uma solução que pode fazer sentido para a cúpula, difícil será explicar tal atitude para a população.
Mas não é só, diz Lauro Jardim em sua coluna.
Para a eventualidade de Sonia Guajajara ser convidada para ocupar o Ministério dos Povos Originários, que será criado, o partido dá oficialmente o apoio: “compreendemos que a indicação de Sonia Guajajara, como liderança do movimento indígena, para o ministério dos povos originários é uma conquista de extrema importância para uma luta tão atacada por Bolsonaro e deve ser respeitada pelo partido.”.
Quer dizer, o PSOL não quer este cargo, mas avaliza a escolha da deputada eleita por São Paulo.
Em resumo, o “não” do partido é um “não” sem muita convicção, escreveu o colunista.