Jair Bolsonaro (PL) insistiu para ir à posse de Donald Trump, nos Estados Unidos, e perdeu. O pedido de reconsideração feito foi negado nesta sexta-feira (17) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Uma ala dos aliados de primeira hora de Bolsonaro vê, segundo Bela Megale do O Globo, pontos positivos no veto da viagem. Esse grupo avalia que, agora, o ex-presidente pode usar a decisão para reforçar seu discurso de perseguido político.
Outro aspecto que trouxe certo alívio para esses apoiadores, os quais incluem conselheiros de Bolsonaro na área jurídica, é que o capitão reformado não vai correr o risco de fazer discursos exaltados e ofender publicamente Moraes e o STF.
Havia o receio de que, animado com o ambiente com Trump e seus aliados, Bolsonaro pudesse dirigir críticas duras ao magistrado e até ser preso preventivamente, a depender do comportamento que adotasse.
A defesa do ex-presidente tem trabalhado para mostrar um tom diferente junto à Corte desde a contratação do criminalista Celso Vilardi. Como informou a coluna, a entrada do advogado na equipe também teve o objetivo de hastear uma espécie de bandeira branca ao Supremo, já que Vilardi é conhecido pelo perfil conciliador e tem bom trânsito com os ministros.