Lula embarca em março para Tóquio. Será recebido em visita de Estado, horaria que o Japão só concede a um país por ano.
O presidente poderia ter sido recepcionado com pompa em 2005, mas, segundo o colunista Bernardo Mello Franco, do O Globo, o convite esbarrou num impasse inusitado. Ele não aceitou vestir black tie, como exigia o protocolo do imperador Akihito.
Na época, o governo japonês ouviu que Lula representava a classe trabalhadora e se recusava a usar smoking. A saída foi rebaixar a viagem ao status de visita oficial, sem o mesmo peso diplomático.
Ao assumir o trono que pertenceu ao pai, o imperador Naruhito flexibilizou o código de vestimenta da corte. Graças à mudança, o presidente poderá ir ao banquete de terno e gravata.
Terra estrangeira
O Itamaraty precisará ter cuidado ao organizar a agenda de Lula no Japão.
Antes de tomar posse, ele já estava em baixa com a comunidade brasileira no país.
No segundo turno de 2022, Jair Bolsonaro recebeu 83,6% dos votos dos decasséguis. O petista teve míseros 16,4%.