Começando a explorar o segmento de motos elétricas, um dos principais entraves para os planos da 99 é a carência de montadoras no Brasil. “A demanda já existe, mas ainda não temos um fabricante grande, como a BYD, que supre a necessidade de motos”, disse Thiago Hipólito, diretor de inovação da plataforma, a Felipe Erlich, do Radar Econômico.
A 99 quer colocar 2 mil motos elétricas nas ruas ainda neste ano, e mais 8 mil até 2025. Atualmente, a empresa tem parceria com a Vammo e a Riba, que importam motos elétricas da China e as customizam para o contexto brasileiro. “A ideia é que, com esse anúncio (das metas), a gente também estimule empresas a entrarem nesse negócio”.
A Didi, dona da 99, é uma das maiores compradoras de motos elétricas da China, o que pode ser uma oportunidade para o aplicativo, segundo Hipólito. “Não há nada concreto ainda, mas vemos uma janela de exploração muito interessante para usar a nossa fortaleza lá (na China) para trazer modelos novos para o Brasil”. O executivo considera que os aplicativos de mobilidade são a melhor porta de entrada para montadoras de elétricos no Brasil.