domingo 29 de setembro de 2024
Exército do Brasil. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
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domingo 29 de setembro de 2024 às 17:07h

O calote de R$ 200 milhões que o governo deu no Exército

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Em dezembro do ano passado, o Exército mobilizou suas tropas, calibrou o efetivo e deslocou veículos blindados, além de munições, para reforçar a cidade de Pacaraima, que faz fronteira com a Venezuela. À época, o país governado por Nicolás Maduro estava no auge de uma disputa travada com a Guiana sobre o domínio do território de Essequibo, abundante em petróleo, e havia o receio de que os venezuelanos iniciassem a investida por terras brasileiras.

O reforço durou por mais de seis meses e, felizmente, os homens não tiveram que entrar em campo. Apesar disso, o Exército apresentou a fatura com a missão: um total de R$ 208 milhões, dos quais mais de R$ 100 milhões são referentes a munições. Também foram computados gastos com manutenção das viaturas e armamentos, combustível, alimentação, passagens e diárias.

Interlocutores do Exército afirmam que o orçamento anual é exclusivo para custear gastos administrativos e de treinamento de pessoal, e que não há reservas para o emprego das tropas.

Dessa maneira, quando há a necessidade de operações, o governo “reembolsa” a força com os valores dispendidos. No caso da tragédia do Rio Grande do Sul provocada pelas chuvas, por exemplo, mais de R$ 600 milhões de reais foram pagos para compensar a ação militar.

O ‘balão’ do governo

Ainda segundo os militares, apesar de a munição destinada à Operação Roraima não ter sido utilizada, ela foi retirada do paiol e preparada, o que significa que não pode retornar à “prateleira”.

O pedido de reembolso foi formalizado no sistema de planejamento e orçamento e também houve conversas com representantes da equipe econômica. Mas, nas palavras de militares, eles tomaram “um balão” do governo. Isso significa, na prática, que estoques de combustível e munição foram queimados, e não houve reposição.

Além disso, o governo anunciou em agosto um corte de gastos que também atingiu a força, com um bloqueio de 122 milhões de reais. Interlocutores do Exército afirmaram que, como consequência, teriam de reduzir a aquisição prevista para equipamentos e blindados.

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