A uma semana do segundo turno, Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) adotaram estratégias distintas para alcançar o mesmo objetivo no debate realizado pelo Estadão e pela TV Record na noite deste sábado (19). Em busca de aumentar a rejeição ao adversário, ponto central na segunda etapa da eleição, o prefeito de São Paulo tentou pintar Boulos como radical, enquanto o candidato do PSOL sugeriu que a administração de Nunes é corrupta e ineficiente.
Destaques abaixo:
O prefeito explorou posições progressistas do adversário e do PSOL sobre segurança pública, drogas e aborto. Boulos se defendeu adotando posições mais moderadas das que já expressou no passado, como vem sendo a tônica na campanha. O deputado considerou que Nunes falha em resolver temas do dia a dia da população, como o apagão, a entrega de remédios nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), a demora no cadastro para obtenção do Bolsa Família e a falta de entrega de novos Centros Educacionais Unificados (CEUs).
Ele questionou o prefeito sobre a Máfia das Creches, esquema de desvio de recursos públicos no qual Nunes é investigado pela Polícia Federal, e sobre o fato de o ex-cunhado de Marcola, chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), trabalhar na Prefeitura – Eduardo Olivatto é chefe de gabinete da Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb). Segundo Nunes, Olivatto é concursado desde 1988, passou pelas gestões petistas e não está em posição de firmar contratos com a iniciativa privada.
Em determinado momento, o debate descambou para troca de acusações envolvendo as vidas pessoais dos candidatos: Nunes disse que o adversário fugiu da Justiça por uma acusação de dano ao patrimônio público em 2012 e não pagou o conserto do carro após uma batida. Boulos, por sua vez, declarou que o prefeito deu tiros para o alto na porta de uma boate em 1996 e citou boletim de ocorrência por violência doméstica registrado pela esposa de Nunes em 2011.
Os dois candidatos disputam o comando da Prefeitura da maior cidade do País. No primeiro turno, Nunes obteve 1.801.139 votos (29,48% dos votos válidos), enquanto Boulos recebeu 1.776.127 votos (29,07%).
Nunes compara Boulos a Marçal ao dizer que psolista buscava ‘cortes para redes sociais’ durante debate
Depois do debate, para os jornalistas, Ricardo Nunes, ao lado de Mello Araújo, disse que Boulos estava buscando “cortes para suas redes sociais”. “Infelizmente a gente vê esse tipo de comportamento, que pensei que já tinha passado”, disse o prefeito, referindo-se ao antigo adversário de disputa, Pablo Marçal (PRTB).
Nunes também comentou sua fala sobre ter visto crianças brincando na região central de São Paulo no período noturno. “Sobre a Praça da Sé foi um dia que passei e estava tendo uma atividade com as crianças”, declarou. Questionado se sentia-se seguro ao andar pela cidade durante a noite, mesma pergunta feita pelo jornalista do Estadão, Marcelo Godoy, durante um dos blocos do debate, o prefeito afirmou ter ampliado o número de agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) no município. “Não me sentia (seguro) antes, por isso melhoramos a questão da segurança.”
Durante o evento, Boulos afirmou que “até dia 27″, dia da votação do segundo turno, surgirão novas informações contra o atual prefeito. “Dou Graças a Deus que não tenho nada (contra) na minha vida. Da minha parte, tudo tranquilo. Bateu o desespero nele”, declarou.
Na visão do emedebista, o debate foi positivo já que permitiu aos eleitores observarem as “diferenças de propostas” e a distinção de “equilíbrio” entre ele e seu adversário. “Não é à toa que está com a rejeição tão alta”, mencionou. “Para tocar uma cidade desse tamanho, precisa ter equilíbrio”, disse Nunes, insinuando que Boulos não tenha os requisitos necessários para assumir o posto de prefeito.
Pedro Lima
Boulos acusa Nunes de ‘fugir compulsivamente’ de seus questionamentos em debate
Para Guilherme Boulos, seu adversário Ricardo Nunes fugiu “compulsivamente” de seus questionamentos durante o debate promovido por Estadão, Rádio Eldorado e TV Record. Ele reclamou da postura que considerou “agressiva” do prefeito que tenta a reeleição e afirmou que sua tática de insistir na desafio feito a Nunes de abrir seu sigilo bancário é questão de transparência, não uma estratégia.
“Meu adversário fugiu das respostas de maneira compulsiva. Um monte de questões sem respostas, minhas e de jornalistas. Perguntaram se ele se sentiria seguro andando à noite pela cidade, até agora não respondeu. Sobre remédios em posto de saúde, hoje ele se recusou a responder. Perguntei sobre as opiniões do vice dele, ele não respondeu. Se vai abrir o sigilo bancário, não respondeu”, disse o candidato.
Boulos mais uma vez desafiou Nunes a abrir seu sigilo bancário. “Não é estratégia. Trata-se de direito da população de São Paulo de saber se o candidato está falando a verdade. Ele disse que eu não trabalhava. Daí surgiu a história do sigilo. Me dispus a abrir se ele fizer o mesmo. Ele vai ver que minha vida é compatível com meu salário. Ele disse que é honesto e transparente, que não recebeu recursos de maneira ilícita. Eu o desafio a provar.”
O psolista ainda comentou a acusação de Nunes sobre supostamente ter recorrido aos pais para pagar os dados após um acidente de carro, citado pelo prefeito no debate. “Desconheço. Já bati o carro mais de uma vez e sempre paguei o conserto.”
Boulos não confirmou a presença de Luiz Inácio Lula da Silva na reta final da campanha, a depender da agenda internacional do presidente. “Hoje ele estava à disposição, mas choveu bastante. Não dava (para fazer a caminhada prevista). Se a agenda dele permitir, virá na reta final. Se a agenda dele permitir, vai estar conosco.”
Matheus Lara
23h2719/10/2024
Análise: Quem venceu o debate do Estadão/TV Record e vai conquistar indecisos e eleitores de Marçal?
A oito dias do segundo turno das eleições, o debate promovido pelo Estadão/TV Record com os candidatos à Prefeitura de São Paulo foi marcado por ataques e troca de acusações.
O candidato do PSOL, Guilherme Boulos, adotou tom mais incisivo e tentou carimbar Ricardo Nunes (MDB) como um prefeito irresponsável, que não cuida “nem do básico”, como a poda de árvores para evitar o apagão de energia.
Na outra ponta, Nunes bateu na tecla da inexperiência de Boulos e procurou, mais uma vez, mostrá-lo como “extremista e agressivo”. O prefeito fez de tudo para aumentar a rejeição de Boulos: ressuscitou a estratégia de apelar para o medo ao desconhecido, disse que o adversário era um “marmanjo” que não trabalhava e o associou a invasões e depredações.
Mas, afinal, quem ganhou o debate? Com estilo mais aguerrido, o candidato do PSOL teve melhor desempenho. No afã de mostrar que a capital paulista é uma cidade segura, Nunes escorregou na casca de banana e deu a deixa para Boulos comemorar ao dizer que esteve recentemente na Praça da Sé, às 22 horas, e viu “crianças brincando”.
Resta saber agora se a tática de ataques usada até aqui pelo prefeito e seu desafiante é suficiente para convencer indecisos e atrair votos do influenciador Pablo Marçal na reta final desta campanha. Ao que tudo indica, mesmo sem apresentar novas propostas para esse público, Nunes continua na frente.
Vera Rosa
Análise: Debate sem novidades repete propostas dos candidatos
A poucos dias do segundo turno da eleição, correr poucos riscos é a melhor estratégia. Seja qual for a pergunta, os candidatos têm as respostas prontas. Não importa que elas façam pouco sentido com as perguntas ou tratem de outro assunto. Os candidatos querem dar seus recados, suas versões dos fatos, mesmo que não seja isso que os jornalistas entrevistadores perguntaram. Ou o que eles mesmos perguntaram. O importante é o que eles vão passar aos eleitores.
Visivelmente mais tenso do que o adversário Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB) escapou de todas as questões que pudessem constrangê-lo. Boulos insistiu, até que também cansou e passou a falar sobre os temas que mais lhe interessavam. Um empate foi o resultado mais apropriado para o evento.
Monica Gugliano
Análise: Quem venceu o debate em que um é acusado de ser extremista e outro de incompetente?
O debate do Estadão / TV Record expôs dois candidatos treinados para o ataque. Brifados por seus marqueteiros, ambos jogaram para o eleitor casos do passado do adversário. Enquanto Boulos citou uma suposta condução de Nunes para delegacia aos 28 anos por tiros para o alto na frente de uma boite, Nunes falou de batida de carro em que Boulos deixou para o pai pagar a conta do prejuízo.
No que atinge o eleitor diretamente, Boulos pareceu sair na frente ao prometer resolver problemas de São Paulo que o atual prefeito não conseguiu solucionar. Mas promessa é o que eleitor já está acostumado a ouvir mesmo em campanha. Quanto a Nunes seguiu o script para dizer, repetir, insistir que o adversário é extremista, que é da desordem, que não gosta da PM.
Boulos terminou o debate dizendo que tem apoio de Datena e Tabata no segundo turno. E ainda se referiu aos eleitores de Pablo Marçal, esses últimos são um contingente de 1,7 milhão de votos que definirão a disputa.
O eleitorado de Marçal é também quem Nunes buscou atingir. Como está em vantagem nas pesquisas e Boulos tem alta rejeição, o debate deste sábado parece indicar que Boulos se sai bem na frente das câmeras, maneja também bem a oratória. Mas até que ponto isso muda voto é dúvida que levará até o dia da eleição. Nunes, mesmo escorregando ao falar que até viu criança brincando à noite no centro da cidade, sai do debate como quem parece não ter perdido a vantagem que já tem.
Francisco Leali
23h1019/10/2024
Fim do debate
Termina o debate promovido pelo Estadão e pela Record com os candidatos a prefeito de São Paulo. Guilherme Boulos e Ricardo Nunes disputam o segundo turno na capital paulista. Agora, os dois concedem entrevistas aos jornalistas para avaliar como foi esse confronto.
Análise: Debate Estadão e Record tem Nunes com objetivo mais claro, mesmo com Boulos mais à vontade
No debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo organizado pelo Estadão e pela Record, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) até parecia mais à vontade e desenvolto. Mas coube ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) encaixar uma estratégia mais clara, com objetivo direto de manter em alta a rejeição do oponente. Nunes bateu o tempo inteiro em uma tecla que é chave para essa busca, acenando para o eleitor de direita com temas relacionados à segurança pública e à pauta de costumes. Enquanto isso, o psolista foi intercalando várias estratégias diferentes, tentando cumprir vários objetivos ao mesmo tempo, o que pode dificultar que alcance cada um deles.
Em considerações finais, Nunes afirma que tem ‘muita vontade e muita energia’ para mais um mandato
Nos dois minutos finais de fala, o atual prefeito de São Paulo se dirigiu ao eleitor afirmando que coloca seu nome com “muita simplicidade e humildade”, afirmando que se preparou, pegou a Prefeitura “em um momento difícil”, mas que mesmo assim ajustou as contas públicas. “Estou com muita vontade, muita energia”, afirmou o prefeito.
Nunes voltou a afirmar que se uma autoridade determinar que ele abra o sigilo de suas contas, o fará e que não tem nenhum problema com isso.
Considerações finais de Guilherme Boulos
“Quero falar a você que não votou em mim no primeiro turno, particularmente a você que votou na Tabata Amaral”, disse Boulos, afirmando que incorporou propostas da candidata do PSB. O psolista também citou a adoção de propostas de José Luiz Datena, candidato do PSDB, e fez apelos até aos que votaram em Pablo Marçal (PRTB). “Apostem na mudança. Eu me preparei. Podem confiar”, afirmou o candidato do PSOL.
Começa o último bloco do debate
Tem o início o terceiro e último bloco do debate, com as considerações finais dos candidatos Boulos e Nunes.
Campanha de Nunes faz pesquisa qualitativa para saber percepção dos eleitores no debate
Campanha de Nunes realiza pesquisa qualitativa durante o debate para avaliar a percepção e a atuação do emedebista com o eleitorado. Em diversos momentos, o marqueteiro da campanha, Duda Lima, consulta sua equipe para obter as impressões das reações dos eleitores que participam da pesquisa. Pela reação da equipe, Nunes demonstra um bom desempenho até agora.
22h5919/10/2024
Boulos é questionado sobre crime organizado em contratos de transporte público
Marcelo Godoy questionou Boulos sobre a licitação que permitiu que os “perueiros” – motoristas de transportes realizados em vans e peruas – participassem do transporte público da capital, o que possibilitou, segundo especialistas, a entrada no crime orgaizado na gestão pública, perguntando ao deputado como uma eventual gestão poderá atuar na questão.
O candidato afirmou que ser conivente com infiltração do crime organizado é diferente de permitir que cooperativas participem do transporte. Boulos afirmou que o crime entrou na Prefeitura pelas empresas de ônibus, e com “o cunhado de Marcola” como servidor.
O deputado federal prometeu “passar a limpo os contratos” de ônibus no primeiro dia de um eventual governo. Nunes disse que pediu à Controladoria para investigar contratos suspeitos, afirmando que as empresas de ônibus estão sob intervenção e que não houve paralização no serviço prestado durante as investigações. “O maiore interessado em esclarecer esse assunto é a Prefeitura”, disse o candidato.
Boulos afirmou que a intervenção foi uma determinação da Justiça, e não iniciativa do prefeito. O deputado afirmou que tem especialização em psiquiatria e avalia que o prefeito tem um perfil “passivo-agressivo”. O candidato listou questões que julga terem ficado sem respostas do prefeito.
Termina o segundo bloco
Chega ao fim o segundo bloco do debate entre os candidatos a prefeito de São Paulo. No próximo bloco, Ricardo Nunes e Guilherme Boulos fazem as considerações finais.
Direito de resposta concedido a Ricardo Nunes
Um direito de resposta foi concedido a Ricardo Nunes, pela menção do psolista de que um funcionário da Prefeitura seria cunhado de Marcola, líder do crime organizado. O prefeito voltou a dizer que Guilherme Boulos cria “cortinas de fumaça” para disfarçar a falta de propostas. “É um absurdo ele trazer (o tema), desrespeitando a memória das pessoas”, disse o candidato à reeleição, afirmando estar “indignado” com o comportamento do deputado federal.
‘Pai do apagão’ e ‘marmanjo’
O apagão em São Paulo é um dos principais assuntos do debate promovido pelo Estadão/TV Record entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo. Guilherme Boulos (PSOL) defendeu o rompimento do contrato com a Enel e jogou a culpa pela crise na Prefeitura. “Esse contrato é concessão federal. Se fosse municipal, já estava fora”, respondeu Ricardo Nunes (MDB). Boulos disse que Nunes é o “pai do apagão” e não tem liderança para comandar a cidade. Nunes ironizou, perguntando se líder era um “marmanjo” de 35 anos que batia no carro de outro e deixava o pai pagar a conta. “Bati o carro algumas vezes e, graças a Deus, nunca bati em mulher”, provocou Boulos.
Vera Rosa
Nunes responde sobre reajuste da tarifa
Reinaldo Gottino, jornalista da TV Record, pergunta a Ricardo Nunes sobre os subsídios da tarifa de ônibus. O apresentador questionou o prefeito se o valor será reajustado nos próximos quatro anos .
“Não vejo a tarifa só como uma planilha de custos”, disse Nunes, afirmando que, em sua avaliação, o subsídio da tarifa possui impactos positivos no trânsito da cidade. “Ajustei a saúde financeira da cidade. É possível manter a tarifa nesse valor”, afirmou o candidato à reeleição, garantindo que programas como o subsídio aos estudantes e o Domingão Tarifa Zero também serão mantidos.
No comentário, Boulos afirmou que a “saúde financeira” citada por Nunes foi bancada por meio da “venda do patrimônio” do município. O candidato do PSOL seguiu a fala mencionando que o subsídio da Prefeitura às concessionárias, hoje, está maior no comparativo ao início da gestão. O deputado federal também afirmou que as concessionárias reduziram o número de viagens realizadas em 20%. “Ampliou a tarifa zero, mas passa ônibus de uma em uma hora”, disse o psolista.
Análise: Boulos bateu o carro e o pai pagou a conta? Nunes foi a boite e deu tiro para cima? O que São Paulo tem com isso?
No afã de expor fragilidades do oponente, ambos candidatos à Prefeitura de São Paulo foram atrás da vida pregressa do adversário. Como álibi alegam que querem mostrar que do outro lado está um político em quem o eleitor não deve confiar. Boulos resgatou caso em que Nunes aos 28 anos foi levado à delegacia durante uma confusão em que supostamente teria dado tiros para cima. Já Nunes escavou na justiça processo judicial em que após bater o carro na traseira de outro, Boulos fez acordo para pagar R$ 2,5 mil ao dono do veículo amassado.
Os dois casos nada tem a ver com os problemas de São Paulo. Foram parar no debate como munição levantada por assessores. Boulos para cobrou explicação sobre um fato pessoal. Nunes fez o mesmo. O que isso agrega ao que se espera de um gestor?
Francisco Leali
Boulos é questionado sobre custo bilionário de enterramento de fios
A jornalista Reseann Kennedy questionou Boulos sobre os altos custos para o enterramento de fios da rede elétrica e qual a solução que o candidato pretende dar para a questão em uma eventual gestão.
Boulos afirmou que é preciso começar o enterramento nas regiões mais vulneráveis da cidade, que fará um estudo e buscará apoio com BNDES e com o Governo de São Paulo. “Eu sou corintiano, mas muitos dos meus amigos são palmeirenses, santistas, são paulinos. É assim também na política”, comparou o candidato.
Boulos afirmou que já bateu o carro, mas nunca bateu em mulher, se referindo ao caso do B.O. que envolve a esposa do prefeito. O candidato falou que vai reestatizar o serviço funerário da cidade, e que vai acabar com o confisco de 14% da aposentadoria dos idosos.
Nunes mandou suas solidariedades à mãe de Isabela Nardoni, eleita vereadora de São Paulo, porque o adversário citou o caso anteriormente fazendo uma analogia com política. O prefeito falou que o eleitor deve escolher alguém que não é “extremista”, “inexperiente” e “desequilibrado”, se referindo ao psolista.
Boulos afirmou que o prefeito “abaixou o tom” porque recebeu “um toque” do marqueteiro. O candidato afirmou que o crime organizado já entrou em diversas áreas da política, e que ocorreu o mesmo no Rio de Janeiro, falando que os eleitores precisam ter cuidado com a questão.
Campanha de Boulos faz pesquisa qualitativa e reações dos eleitores guiam candidato
Durante o debate, a equipe de Guilherme Boulos realiza uma pesquisa qualitativa, cujas reações dos eleitores são enviadas aos assessores no estúdio via WhatsApp. Essas informações ajudam a orientar o candidato em tempo real. Um exemplo foi a fala de Ricardo Nunes sobre crianças brincando na Praça da Sé à noite, que foi ironizada pelos eleitores na pesquisa. Com isso, os assessores receberam a instrução de explorar o que seria uma desconexão entre a fala do prefeito e a realidade da cidade.