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terça-feira 9 de agosto de 2022 às 06:55h

Números inéditos revelam comportamento dos anti-Lula e anti-Bolsonaro

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A décima quarta rodada da série de pesquisas Genial/Quaest revelou conforme o jornal O Globo, uma ligeira alta no índice de polarização afetiva, uma forma de estimar o tamanho da divisão do eleitorado brasileiro e que o Pulso vai publicar com exclusividade até o fim do primeiro turno.

Os entrevistados responderam se amavam; gostavam, mas não chegavam a amar; não gostavam nem desgostavam; não gostavam, mas não chegavam a odiar; e, finalmente, se odiavam os pré-candidatos à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Inspirada em estudos mais comuns de empresas americanas de opinião pública, a série Genial/Quaest decidiu medir a distância entre os polos a partir dessas perguntas.

Foi criado um índice geral, que subiu ligeiramente, de 5,83 para 5,93, entre julho e agosto. Ao comparar com outras eleições usando dados de perguntas semelhantes do Estudo Eleitoral Brasileiro (Eseb), a Quaest mostra que esses índices já foram menores, sempre em torno de 4,3 a 4,4 entre 2002 e 2014. Em outras palavras, a divisão política no Brasil de hoje nem se compara com 20, 16 ou oito anos atrás.

A polarização afetiva, no entanto, está em queda entre eleitores de Lula e em alta entre os de Bolsonaro. Embora 51% dos que têm intenção de voto em Lula não gostem de Bolsonaro ou até o odeiem, esse percentual já foi de 58% em junho. Por outro lado, 32% dos apoiadores de Bolsonaro estão no rol dos polarizados que desgostam de Lula, mas esse resultado já foi menor (25%) em junho.

Polarização afetiva, resultado geral entre os extremos no eleitorado de Lula e Bolsonaro — Foto: Genial/Quaest

Polarização afetiva, resultado geral entre os extremos no eleitorado de Lula e Bolsonaro — Foto: Genial/Quaest

Como os polarizados se comportam em caso de derrota de Bolsonaro — Foto: Genial/Quaest

Como os polarizados se comportam em caso de derrota de Bolsonaro — Foto: Genial/Quaest

Embora em menor número no geral, os polarizados bolsonaristas são mais numerosos do que os lulistas entre os que ganham mais de cinco salários mínimos como renda familiar (44% a 41%). Na maior faixa do eleitorado, a que ganha até dois salários, os lulistas que não gostam de Bolsonaro são 58% contra 24% dos bolsonaristas que não gostam de Lula. Entre as duas religiões mais populares do país, a diferença também é notável. Diferentemente do resultado geral, entre os evangélicos são 47% os polarizados bolsonaristas contra 35% de lulistas antibolsonaristas. Entre católicos, por outro lado, 58% lulistas e 26% polarizados bolsonaristas.

Evangélicos têm maior proporção de polarizados bolsonaristas do que católicos  — Foto: Genial/Quaest

Evangélicos têm maior proporção de polarizados bolsonaristas do que católicos — Foto: Genial/Quaest

A confiança nas urnas eletrônicas é baixa entre os polarizados bolsonaristas, ou seja, aqueles que ficam posicionados mais longe entre o “amo/gosto” de Bolsonaro e “odeio/desgosto” de Lula. São 31% que dizem não confiar nas urnas eletrônicas e 41% cofiando “um pouco” ou “mais ou menos”. Outros 26%, no campo bolsonarista, dizem confiar muito nos equipamentos. No lado polarizado lulista, a situação é inversa: “confio muito” (59%); “confio um pouco/mais ou menos” (23%), “não confio” (15%).

Polarizados bolsonaristas confiam menos em urnas eletrônicas  — Foto: Genial/Quaest

Polarizados bolsonaristas confiam menos em urnas eletrônicas — Foto: Genial/Quaest

Embora em menor número no total de eleitores de Bolsonaro, 59% dos polarizados no campo do presidente dizem que as chances de votar pela reeleição aumentaram após a reunião com os embaixadores na qual as urnas eletrônicas e todo o processo de votação do TSE foram questionados sem fundamento. Somente 8% dos polarizados bolsonaristas disseram que o encontro diminui a intenção de voto e 31% afirmaram que a reunião não faz diferença. No lado do polarizado Lulista, 66% dizem que as chances diminuem, enquanto, para 25%, não fez diferença e 7% responderam que houve um aumento na chance de votar em Bolsonaro após os ataques ao sistema eleitoral.

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