O número de deputados negros (soma de pardos e pretos, segundo critério do IBGE) cresceu quase 5% na eleição de 2018 na comparação com 2014, mas o grupo continua sub-representado na Câmara dos Deputados em relação ao tamanho da população.
Dos 513 deputados eleitos semana passada, 385 se autodeclaram brancos (75%); 104 se reconhecem como pardos (20,27%); 21 se declaram pretos (4,09%); 2 amarelos (0,389%); e 1 indígena (0,19%).
Esta é a primeira vez que uma mulher indígena – Joênia Wapichana (Rede-RR) – é eleita deputada federal. A primeira vez que um indígena chegou ao posto foi em 1982, com a eleição do cacique xavante Mario Juruna, pelo PDT do Rio de Janeiro.
Em relação às eleições de 2014, o número de deputados negros (pretos mais pardos) subiu cerca de 5%, representando 24,36% da composição da Câmara. Em 2014, dos 513 deputados eleitos, 410 se autodeclaravam brancos (79,92%), 81 se diziam pardos (15,78%) e 22 pretos (4,28%). Os negros representavam, portanto, 20,06% dos deputados.
População brasileira
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada em novembro do ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrava que, em 2016, os brancos representavam 44,2% da população brasileira; os pardos representavam a maior parte da população (46,7%); e os pretos, 8,2% do total de brasileiros. A cor é autodeclarada pelo entrevistado.