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Expectativa de ofensiva terrestre contra Gaza é iminente; segundo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, "próxima fase está chegando". - Foto: MOHAMMED SABER/EPA-EFE/REX/SHUTTERSTOCK
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terça-feira 23 de janeiro de 2024 às 08:44h

Número de civis mortos em Gaza passa de 25 mil

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A quantidade de palestinos feridos é de 62.681; desde o início do conflito, 193 soldados israelenses morreram e 1.203 ficaram feridos; ministros de ambos os lados realizam encontros separados com a União Europeia nesta segunda-feira; líder da ONU enfatiza solução de dois Estados para prevenir extremismo.

De acordo com profissionais humanitários da ONU, bombardeios israelenses em Gaza continuaram na segunda-feira, bem como o lançamento de foguetes contra Israel por grupos armados palestinos.

Dados das autoridades de saúde de Gaza indicam que mais de 25 mil pessoas morreram no enclave desde o início da guerra, em 7 de outubro.

Vítimas de ambos os lados

O Escritório da ONU para Assistência Humanitária, Ocha, afirmou ainda que cerca de 62.681 palestinos foram feridos por ataques israelenses lançados em retaliação aos massacres liderados pelo Hamas em Israel, que deixaram cerca de 1,2 mil mortos e cerca de 250 reféns.

Dois soldados israelenses também foram mortos em Gaza desde sexta-feira, disse o Ocha, elevando o total para 193 desde o início da operação terrestre e 1.203 soldados feridos, segundo os militares israelenses.

Nesta segunda-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros israelense e palestino realizam um encontro com suas contrapartes da União Europeia, em conversações privadas e separadas em Bruxelas.

“Caixa de pólvora”

Durante o fim de semana, o secretário-geral da ONU, António Guterres, classificou o derramamento de sangue em curso em Gaza como “doloroso e totalmente inaceitável”.

Discursando na cúpula do G77+China na capital de Uganda, Kampala, no domingo, Guterres descreveu Oriente Médio como “uma caixa de pólvora”.

Guterres reiterou o seu apoio a uma solução de dois Estados para israelenses e palestinos, afirmando que “a negação do direito à condição de Estado ao povo palestino prolongaria indefinidamente um conflito que se tornou uma grande ameaça à paz e à segurança globais; exacerbaria a polarização; e encorajaria extremistas em todos os lugares”.

Alívio da fome

Destacando a escala da necessidade entre os habitantes de Gaza após mais de três meses de bombardeio “intenso”, o Ocha disse que apenas 15 padarias estão agora operacionais em Gaza, sendo “seis em Rafah e nove em Deir al Balah”, e nenhuma está aberta a norte de Wadi Gaza.

Quase todas estas padarias em funcionamento continuam recebendo apoio do Programa Mundial de Alimentos, PMA, que fornece farinha, sal, fermento e açúcar.

“Através desta iniciativa, cerca de 250 mil pessoas puderam comprar pão a um preço subsidiado”, observou o Ocha na sua última atualização sobre a emergência.

Apagões de comunicações

A agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos, Unrwa, informou na segunda-feira que os apagões das telecomunicações haviam entrado no sétimo dia.

“A interrupção dos serviços de telecomunicações impede que as pessoas tenham acesso a informações que salvam vidas, chamem os socorristas e continua a impedir a resposta humanitária”, afirmou na agência.

Na sua última atualização, a Unrwa informou que 1,7 milhões de pessoas estão agora confirmadas como deslocadas dentro de Gaza. Pelo menos 335 delas foram mortas enquanto estavam abrigadas nas instalações da agência e 1.161 ficaram feridas. Além disso, 151 funcionários da Unrwa foram mortos e 141 instalações foram danificadas desde 7 de outubro.

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