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segunda-feira 14 de outubro de 2019 às 16:47h

Novos defensores públicos são empossados em Salvador

JUSTIÇA


O defensor público geral, Rafson Saraiva Ximenes, apresentou na última sexta-feira (11) os novos defensores públicos e defensoras públicas empossados na Sala do Conselho Superior, na sede, em Salvador.

Na ocasião, lembrou de como o filho de uma colega de profissão e carreira descreveu o trabalho da mãe: é uma profissão que leva Justiça às pessoas, disse o pequeno ao desenhar o sol e explicar que ele nasce para todos. “Assim é a Defensoria. É para isso que vocês estão aqui, para ajudar o sol a nascer para as pessoas a partir do seu trabalho”, afirmou Ximenes.

Um dos sinônimos da palavra pureza, trazida por Gonzaguinha, pode ser “o toque de simplicidade”, que foi destacado como característica da cerimônia de posse de hoje pelo defensor público geral – não como um momento menos importante, e sim como algo relevante diante do contexto socioeconômico e político do Brasil. A valorização do que é simples para lembrar do que é essencial.

“É uma luta política em prol da população em situação de pobreza; a favor do pessoa em situação de rua; das mulheres vítimas de violência seja física, psicológica, seja no ambiente de trabalho; uma luta política a favor da grande maioria da população baiana, que é discriminada por ser negra. Uma luta em favor de todos aqueles que a sociedade sempre disse não”, ressaltou.

Em um “passeio” pela história recente do Brasil, o discurso resgatou o tempo em que a Ditadura Militar brasileira cerceava direitos, silenciava opiniões divergentes e mudava a trajetória da democracia brasileira. E que, apesar de transcorridos mais de 30 anos desde o fim do regime, ainda existem vozes contrárias ao pleno exercício dos direitos e da cidadania.

“É um discurso que encontra eco porque, para boa parte da população, a democracia não chegou realmente. Por isso que existe uma instituição, como a própria Constituição Federal diz, como instrumento e expressão do regime democrático, que é a Defensoria Pública. E vocês agora têm a missão de fazer com que a democracia chegue plenamente à vida da população”, declarou.

Além de expressar como uma missão, a defensora pública empossada nesta sexta-feira, Priscilla Renaldy Rolim de Araujo, 30 anos, destaca que poderia também adotar uma outra palavra para descrever o que sentiu hoje. “Um sonho que começou lá atrás, de vestir essa beca. Tenho orgulho de dizer que agora faço parte da Defensoria Pública. Parece que passou um filme na minha cabeça: a luta que foi realizar as provas e agora o desejo de conseguir fazer a diferença na vida de todos aqueles que passarão por mim e estarão no meu caminho”, afirmou.

Formada há seis anos, Priscilla lembra que o primeiro contato com a carreira aconteceu por meio do escritório modelo da universidade, no Rio de Janeiro, onde realizava atendimento a pessoas de baixa renda. “Era muito gratificante o que eu fazia. Eu chegava no escritório e pensava: ‘é isso que eu quero, ser defensora pública’. Nesses últimos seis anos, até chegar aqui, não houve uma noite em que eu não sonhasse com esse dia”, relembrou.

Nascido na capital de São Paulo, mas criado em Taubaté, Felipe Ferreira dos Santos, 29 anos, aceitou o desafio de ser defensor público da Bahia. Estudou por cinco anos especificamente para a carreira, prestou diversos concursos e colecionou aprovações. “Mas escolhi a Bahia como estado para morar e a Defensoria Pública da Bahia como instituição para fazer parte. Tem uma estrutura muito boa, um povo muito acolhedor e eu espero ser muito feliz aqui neste estado”, destacou.

Além de Priscilla Renaldy Rolim de Araujo e Felipe Ferreira dos Santos, também foram empossados os novos defensores públicos Bruno Botelho de Souza Aguiar e Eduardo Yuri Tatai, além da defensora pública Karen Harumi Ariyoshi.

A mesa da cerimônia de posse foi composta ainda pela corregedora-geral, Liliana Cavalcante; pela ouvidora-geral, Sirlene Assis; e pela presidente da Associação dos Defensores Públicos da Bahia (Adep-BA), Elaina Rosas. O subdefensor público geral, Pedro Bahia, também esteve presente, assim como a diretora da Escola Superior da Defensoria Pública do Estado da Bahia – Esdep, Soraia Ramos, entre diversos defensores públicos e defensoras públicas da instituição.

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