O Brasil lançou um submarino ao mar nesta quarta-feira (27). Chamado de Tonelero, o projeto é uma parceria do Brasil com a França.
Como é o Tonelero
A embarcação pesa 1.870 toneladas, tem 71 metros de comprimento e 6,2 metros de diâmetro. É o terceiro dos quatro Scorpène com propulsão convencional construídos nesta parceria, após o “Humaitá”, lançado em janeiro, e o “Riachuelo”, em serviço desde setembro de 2022. O último, o “Angostura”, deve ser lançado em 2025.
O submarino se move a uma velocidade de 37 km/h. E tem um sistema de geração de energia de quatro motores a diesel e quatro geradores.
A operação pode ocorrer por mais de 70 dias (tempo de autonomia do submarino). Além disso, o submarino tem capacidade de ir a uma profundidade superior a 250 metros. Pode receber uma tripulação de até 35 pessoas, sendo 8 oficiais e 27 praças.
É capaz de disparar torpedos pesados, mísseis antinavio e minas. As armas também foram adquiridas da indústria de defesa da França.
O nome faz referência à principal ação da Marinha durante a Guerra do Prata. Foi inspirado em uma manobra iniciada em dezembro de 1851 em que os navios da esquadra brasileira transpuseram, sob fogo pesado, o Passo do Tonelero, transportando tropas que desembarcaram na cidade argentina de Diamante após vencerem fortificações e baterias de artilharia adversárias.
Ele é parte de um programa firmado em parceria com a França. O submarino é fabricado em território nacional, mas com tecnologia do país europeu.
Para que serve?
O Tonelero “contribuirá para a defesa da Pátria e da Amazônia Azul”, segundo a Marinha. A área costeira do Brasil tem uma vasta zona econômica por onde passa mais de 95% do comércio exterior e de onde é extraído cerca de 95% do petróleo.