O salário mínimo foi reajustado pelo presidente Lula da Silva (PT) para R$ 1.518 este ano. O novo valor já está em vigor desde o início de janeiro e representa um ganho real (ou seja, acima da inflação) de 2,5% no piso salarial.
Segundo cálculos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, instituto vinculado ao movimento sindical brasileiro), o novo valor do salário mínimo vai gerar um incremento de renda de R$ 81,5 bilhões para a população brasileira. E, ainda, vai representar um incremento de R$ 43,9 bilhões na arrecadação de impostos sobre o consumo.
O Dieese estima que 59,9 milhões de brasileiros são afetados, direta ou indiretamente, pelo reajuste do salário mínimo. Entenda o impacto do piso salarial:
- INSS: São 28.145 aposentados, pensionistas e outros beneficiários que recebem um salário mínimo, o que deve gerar um incremento de renda de R$ 38,78 bilhões e um impacto na arrecadação com consumo de R$ 20,9 bilhões.
- Trabalhadores com carteira assinada: Ao todo 17.328 recebem pelo piso salarial, e o impacto estimado é de R$ 23,87 bilhões na renda e de R$ 12,87 bilhões na arrecadação tributária.
- Trabalhadores domésticos: São 4.044 recebendo um salário mínimo, com impacto de R$ 5,57 bilhões no consumo e de R$ 3 bilhões nos impostos.
- Conta própria: Muitos trabalhadores informais têm seus rendimentos atrelados ao mínimo. O Dieese estima 10.075 nesta situação, com impacto de R$ 12,82 bilhões no consumo graças ao aumento do piso salarial e de R$ 6,91 bilhões na arrecadação.
- Empregadores: São 332 com rendimento atrelado ao mínimo. O impacto estimado no consumo deste grupo é de R$ 442 milhões e na arrecadação, de R$ 227 milhões.