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O novo primeiro-ministro da China, Li Qiang, em uma coletiva de imprensa em Pequim em 13 de março - Foto: AFP
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segunda-feira 13 de março de 2023 às 07:41h

Novo primeiro-ministro chinês admite dificuldade em atingir meta de crescimento

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O novo primeiro-ministro da China, Li Qiang, alertou nesta segunda-feira (13) que “não será uma tarefa fácil” para o país atingir sua meta de crescimento econômico em 2023.

“Receio que atingir nossa meta de crescimento de cerca de 5% não será uma tarefa fácil e exigirá que redobremos nossos esforços”, disse Li em entrevista coletiva em Pequim.

A previsão modesta “foi determinada após extensa consideração de vários fatores”, explicou Li à mídia local e internacional ao chegar à sessão de encerramento da Assembleia Nacional Popular (ANP), o mais alto órgão legislativo da China.

Ele alertou sobre “muitos novos desafios” para o crescimento, embora tenha acrescentado que as pessoas não estão de olho nos números do PIB chinês. Ao contrário, disse, elas se preocupam mais com “questões específicas próximas a elas”, como moradia, emprego, renda, educação e saúde.

Li, um aliado próximo do presidente Xi Jinping, foi confirmado como primeiro-ministro em uma votação unânime da ANP no sábado.

Seu antecessor no cargo foi Li Keqiang, que se manteve no cargo durante a primeira década de Xi no poder. Antes de deixar o cargo, Li Keqiang anunciou na abertura da ANP que a China ambiciona um crescimento econômico “cerca de 5%” este ano.

A segunda maior economia do mundo cresceu apenas 3% no ano passado, um dos níveis mais baixos em décadas, devido ao impacto das restrições da covid-19 e da crise no setor imobiliário.

Modernizar a defesa

Li Qiang criticou ainda o “cerco” e a “repressão” em seu país por parte dos Estados Unidos, num contexto de tensões exacerbadas com Washington.

“A China e os Estados Unidos podem e devem cooperar. Se cooperarmos, podemos conseguir grandes coisas”, disse Li, acrescentando que “o cerco e a repressão não são uma solução”.

Os comentários de Li marcaram o fim de mais de uma semana de reuniões de alto nível em Pequim.

O presidente Xi, que foi confirmado para um histórico terceiro mandato como chefe do governo chinês, insistiu na sessão de encerramento da ANP sobre a necessidade de fortalecer a segurança nacional.

“A segurança é a base do desenvolvimento, enquanto a estabilidade é um pré-requisito da prosperidade”, declarou Xi.

“Devemos promover plenamente a modernização da defesa nacional e das forças armadas, e transformar as forças armadas populares numa Grande Muralha de aço que proteja eficazmente os interesses da soberania nacional, segurança e desenvolvimento”, acrescentou.

Xi, de 69 anos, agradeceu aos milhares de delegados no Grande Salão do Povo em Pequim pela designação, prometendo “tomar as necessidades do país como minha missão e os interesses do povo como minha medida”.

Ele também pediu a consolidação da estabilidade em Hong Kong e a reunificação com a ilha autônoma de Taiwan, que Pequim considera parte de seu território.

“A confiança das pessoas é a maior força que me move e também é uma grande responsabilidade sobre meus ombros”, disse ele.

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