No cargo há 42 dias, o novo prefeito de Madre de Deus, Jailton Polícia (PTB) afirmou em entrevista ao “Isso é Bahia”, na rádio A TARDE FM nesta sexta-feira, 12, que o prefeito afastado da cidade, Jeferson Andrade (Progressistas), deixou rombo de R$ 4,5 milhões na saúde. Andrade está fora das funções por decisão judicial proferida no fim de abril. Ele é acusado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) de desvios de quase R$ 3,8 milhões em obras de pavimentação e drenagem para implementação de parque industrial.
Segundo Jailton, vice de Andrade, a situação fez com que o município precisasse se organizar com urgência para ações de enfrentamento ao coronavírus – a cidade da Região Metropolitana de Salvador tem quase 80 casos confirmados da doença.
“Quando assumimos, encontramos a rede de saúde abandonada. Desequilíbrio financeiro no nosso hospital, a rede de farmácias não tava funcionando, não tinham fraldas geriátricas, não tinham EPIs [equipamentos de proteção individual. Estávamos na iminência do abandono dos profissionais de saúde. Profissionais estavam sem receber há dois meses”, denunciou.
Ainda segundo o prefeito, com a pandemia, a arrecadação mensal da cidade caiu quase a metade. De uma média de R$ 12 milhões, os cofres públicos receberam apenas R$ 7 milhões em maio.
De acordo com Jailton, ações de saúde foram ampliadas para combater o Covid-19. Além de barreira sanitária de 24 horas diárias na entrada da cidade, o toque de recolher foi ampliado e ocorre agora das 18h às 5h. Está sendo feita a higienização das ruas e os estabelecimentos comerciais abertos precisam organizar filas e fazer higienização das pessoas. Em parceria com a Caixa Econômica Federal, a prefeitura instalou toldo e disponibilizou cadeiras, com distanciamento social, para evitar aglomerações nas filas para pagamento do auxílio emergencial. Além disso, foram comprados mil testes rápidos para uso na população.