Novo PAC: retirar R$ 5 bilhões do teto de gastos é tentar ‘enganar’ meta fiscal, analisa professor da FGV

O governo Lula pretende lançar nesta sexta-feira (11) a nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – uma reedição da carteira de obras de infraestrutura lançada em 2007, no início do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O programa prevê a retomada de obras paradas, a aceleração das que estão em andamento e novos empreendimentos em pelo menos seis grandes áreas de investimento.

Para viabilizar o investimento e evitar elevar a dívida pública, a previsão do governo Lula é a retirada de R$ 5 bilhões do teto de gastos – medida criticada pelo economista Samuel Pessoa, professor da FGV e da Julius Baer Family Office.

“Se [o governo] quer discutir aumentar um item do gasto público, tem que reduzir outro… Temos que discutir novas fontes de receita para aumentar a capacidade de arrecadação. Todas essas discussões são legítimas…Agora ‘querer enganar’ a regra desmoraliza a própria regra.”