Nomeado este domingo (19) por Pequim, o novo governo de Hong Kong inclui quatro funcionários que estão sujeitos a sanções por parte dos Estados Unidos.
Em resposta à dura Lei de Segurança Nacional imposta em 2020 pela China contra Hong Kong com o objetivo de pôr fim às multitudinárias manifestações pró-democracia, Washington aplicou sanções a 11 autoridades deste território.
Sete já eram membros do governo à época, e quatro deles continuarão no novo Executivo: o chefe de governo, John Lee; o ministro da Segurança, Chris Tang; o chefe de Assuntos Continentais, Erick Tsang; e o novo ministro de Administração, Eric Chan.
Os outros três, entre eles, a agora ex-chefe do Executivo Carrie Lam, deixaram seus cargos.
Ao apresentar sua equipe de governo à imprensa, Lee disse neste domingo que “estava rindo das chamadas sanções” e não prestava atenção nelas.
“Alguns países de brutos tentam intimidar as autoridades de Hong Kong com medidas como sanções, sobretudo, depois que seus complôs, que tinham como objetivo sabotar nossa segurança nacional, fracassaram, graças às medidas que implantamos”, declarou.
A nomeação dos 26 membros do próximo governo ocorre duas semanas antes da posse, em 1º de julho, aniversário do retorno desta ex-colônia britânica à China. A presença do presidente chinês, Xi Xiping, nesta cerimônia ainda não está confirmada.
Lee, de 64 anos, ex-chefe de segurança de Hong Kong, supervisionou a repressão ao movimento pró-democracia e foi nomeado em maio deste ano por um pequeno “comitê eleitoral” ligado ao poder central, no âmbito do novo sistema eleitoral traçado por Pequim. Era o único candidato para substituir Lam.