Aliado do presidente Jair Bolsonaro, o pastor evangélico Silas Malafaia divulgou um vídeo neste último domingo (20) classificando como um “xeque-mate” em Alexandre de Moraes e nos ministros do TSE o anúncio do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, de que irá acionar o tribunal para questionar a validade de quase metade das urnas eletrônicas usadas nas eleições deste ano, que terminaram com a vitória de Lula sobre Bolsonaro. Mas o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo foi além e mandou um recado ameaçador segundo Gustavo Maia, da coluna Radar, para Moraes, que foi alvo de outra mensagem de Malafaia durante a semana passada.
“Povo abençoado do Brasil, como se diz no jogo de xadrez, xeque-mate em Alexandre de Moraes e nos ministros do TSE. Nesta terça-feira, 22 de novembro, o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, vai apresentar documentação pedindo anulação de 250.000 urnas. O TSE e o seu Alexandre de Moraes são obrigados a responder. Só tem um detalhe: se a resposta não estiver consubstanciada e dar [sic] uma resposta que convença o povo, esse país vai pegar fogo. Nós não vamos aceitar, porque a vontade soberana de um povo tem que prevalecer”, declarou.
Em um vídeo compartilhado por apoiadores de Bolsonaro nas redes sociais, Valdemar diz, sem entrar em detalhes ou apresentar provas, que o partido encontrou cerca de 250.000 urnas (quase metade do total, que é de aproximadamente 536.000), fabricadas antes de 2020, que possuem o mesmo número de patrimônio e, por isso, não poderiam ser consideradas na eleição.
“Vamos mostrar que essas urnas não podem ser consideradas. Não queremos propor novas eleições ou agitar o país, mas o TSE tem que decidir o que vai fazer”, disse o ex-deputado. A declaração foi feita dez dias após a divulgação do relatório das Forças Armadas confirmando a lisura do processo eleitoral. O documento era a principal esperança dos apoiadores de Bolsonaro que não aceitaram a derrota do presidente.
Com a repercussão do vídeo, as redes sociais foram tomadas por pedidos pela prisão de Malafaia por conta das ameaças aos ministros do Tribunal Superior Eleitoral.