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terça-feira 25 de abril de 2023 às 12:09h

Novo desembargador da Lava Jato é irmão de delegado que atuou na operação

DESTAQUE, JUSTIÇA, NOTÍCIAS


Depois que os casos da operação Lava Jato deixaram de ter como relator no TRF4 o desembargador Marcelo Malucelli, que se afastou por se considerar impedido, foi anunciado segundo o colunista Chico Alves, do portal Uol,
o nome do desembargador Loraci Flores para desempenhar a tarefa. O filho de Malucelli é sócio de Sergio Moro e sua mulher, Rosângela, em um escritório de advocacia e por isso declarou suspeição. O novo relator, porém, também tem questões familiares a explicar.

Loraci Flores é irmão de Luciano Flores, delegado da Polícia Federal que atuou na Lava Jato. Entre outras coisas, Luciano foi o responsável pela condução coercitiva de Lula para ser inquirido, em 2016, e por grampear a ex-primeira-dama Marisa Letícia em conversas pessoais que foram vazadas para os jornais.

Além disso, por conta da Lava Jato o delegado Luciano também efetuou a prisão do publicitário Duda Mendonça e da mulher dele, do doleiro Alberto Yousseff e do ex-ministro José Dirceu.

A coluna questionou o desembargador Loraci Flores se ele não acha o laço de parentesco incompatível a tarefa de relator da Lava Jato na 8ª turma do TRF4, já que ele vai tratar de processos que envolvem ou têm decisões do ex-juiz Moro (atual senador), que era o magistrado da operação onde seu irmão atuou como delegado.

No mesmo e-mail, a coluna pergunta ao desembargador se é verdadeira a informação de que alocou em seu gabinete seis servidores que assessoraram Moro durante a operação Lava Jato.

Assim que houver respostas, serão publicadas neste espaço.

O desembargador Marcelo Malucelli se afastou dos processos da Lava Jato depois que veio à público que ele é pai de João Eduardo Malucelli, sócio do casal Moro e Rosângela em um escritório de advocacia de Curitiba.

Em depoimento recente prestado ao atual juiz da Lava Jato, Tacla Duran fez denúncias graves contra o ex-juiz e atual senador e também contra Deltan Dallagnol, envolvendo-os em uma acusação de extorsão e compra de decisões judiciais. O caso foi transferido para o Supremo Tribunal Federal.

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