Não é de hoje que o Reino Unido tem voltado os olhos para a pauta de assuntos climáticos. Agora, a bandeira está ainda mais em evidência. Aliás, o Brasil já tem trocado experiências com autoridades britânicas a respeito da Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, a COP 30, no Pará, ano que vem.
Nesta última terça-feira (17), a vez foi do ministro das Relações Exteriores britânico, David Lammy, continuar o assunto. Em seu principal discurso desde que assumiu o cargo, Lammy destacou as prioridades do governo do Reino Unido para as áreas de clima, natureza e energia limpa.
“Não há nenhum caminho para um futuro sustentável sem um tipo de desenvolvimento que não deixe ninguém para trás. Eu aplaudo os brasileiros por liderarem esta agenda. O acordo sobre perdas e danos na última COP foi um exemplo inspirador do que o mundo pode alcançar ao trabalharmos juntos. Comunidades indígenas são importantes neste sentido, como as incríveis mulheres proprietárias de negócios sustentáveis que conheci na Amazônia no ano passado”, afirmou o ministro.
Lammy também ressaltou a importância de reverter a perda de biodiversidade. O chanceler propôs, ainda, a criação de uma Aliança Global para Energia Limpa, com o objetivo de acelerar a transição para fontes renováveis, enfatizando a necessidade de aumentar o financiamento climático e ambiental.
O chanceler chamou atenção para a emergência climática global, citando eventos extremos ao redor do mundo, incluindo os devastadores efeitos do furacão Beryl, no Caribe, e as secas severas na Amazônia, como evidências dos impactos das mudanças climáticas.
O governo do Reino Unido tem como prioridade integrar aspectos climáticos e ambientais na política externa, nas estratégias econômicas e nas parcerias internacionais.
Entre outras iniciativas de financiamento, durante a COP de 2023, o Reino Unido se comprometeu a fornecer 115 milhões de libras ao Fundo Amazônia.