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domingo 12 de abril de 2020 às 18:47h

Nova Zelândia tem resultados com estratégia mais agressiva contra o coronavírus

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O volume de casos de infecção pelo novo coronavírus não tem sido muito diferente na Nova Zelândia do que em outros países do mundo.

Mas surpreende uma desaceleração recente no aparecimento de novos casos da covid-19 e, principalmente, o número de mortes desde o início da pandemia: apenas uma.

Uma explicação pode ser que o governo, liderado pela primeira-ministra Jacinda Ardern, tomou decisões consideradas mais agressivas do que outros países desenvolvidos, como o confinamento de toda a sua população por um mês e o fechamento total de fronteiras.

Também foi um diferencial o fato destas medidas terem sido tomadas desde o início dos casos e a noção de que se buscava não a “mitigação” da doença, mas sim sua “eliminação” na medida do possível.

O que significa o objetivo não de achatar a curva, mas de destruí-la.

“Se for bem-sucedido, o plano aponta para uma rota de saída clara, com um retorno cuidadoso às atividades normais”, diz um artigo científico sobre a estratégia da Nova Zelândia publicado por um grupo liderado pelo epidemiologista Michael Baker.

No entanto, especialistas da Universidade de Otago são cautelosos em comemorar vitória, já que ainda não há tempo nem dados para consolidar os resultados.

Uma única morte

Os primeiros dias de abril indicam que o país está no caminho certo.

Na quinta-feira (9), havia 992 casos confirmados de covid-19 na Nova Zelândia. Era 28 de fevereiro quando o primeiro foi detectado.

A única morte no país, a de uma mulher idosa que contraiu o vírus no exterior, aconteceu em 29 de março.

Mas o total de casos, por outro lado, registrou um aumento notável nas últimas duas semanas, passando de 189 casos em 25 de março para quase 1.000 em 9 de abril, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Além da recuperação de quase 300 pacientes e do registro de apenas uma morte, o que gera esperanças de que a estratégia de “eliminação” da doença esteja funcionando é a diminuição do aparecimento de novos casos.

Na comparação com as 76 novas infecções registradas em 2 de abril, por exemplo, houve queda constante até se chegar aos 23 na última quinta-feira.

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