A previsão é de gerar 8 mil empregos no município de Barra e região
Com um aporte inicial de R$ 400 milhões em investimentos privados e a estimativa de promover mais de 8 mil empregos diretos e indiretos, a Usina São Francisco vai instalar a terceira usina sucroalcooleira do Polo Agroindustrial e Bioenergético do Médio São Francisco, destinada a produção de etanol anidro e hidratado, ração animal e energia elétrica, no município de Barra. O compromisso foi firmado nesta sexta-feira (21), via protocolo de intenções, assinado com o Governo do Estado, por meio das Secretarias do Planejamento (Seplan) e de Desenvolvimento Econômico (SDE).
O vice-governador João Leão, secretário do Planejamento e entusiasta do projeto, comemora o crescimento do Polo: “O nosso objetivo é criar 11 usinas, com capacidade produtiva para suprir toda a Bahia. As pessoas que sempre abastecem seus carros com álcool carburante, irão abastecê-los a partir de agora com álcool produzido aqui no Estado. O plano é deixar de importar etanol de outros estados e sermos competitivos no mercado, além de desenvolver a região onde estão os municípios sede deste projeto: Barra, Muquém do São Francisco e Xique-Xique”.
O grupo investidor, que pretende montar a usina sucroenergética, esteve na comitiva da missão institucional do governo baiano que visitou a região essa semana. A nova usina prevê um capacidade de produção de 2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano, 80 mil litros de etanol anidro/ano e 85 mil litros de etanol hidratado/ano.
“A Bahia tem um potencial de desenvolvimento agroindustrial incrível. Assinamos mais um protocolo de intenções que fortalece a implantação do Polo Agroindustrial. Ontem, eu estava no município baiano de Barra conhecendo as obras de implantação da primeira usina do Polo, a Serpasa, e fiquei encantado com a qualidade da cana plantada na região para produção de açúcar e álcool. Vamos gerar empregos, renda e receita para os municípios e assim avançamos e superamos a crise”, destaca Nelson Leal, titular da SDE.
“Ficamos felizes em participar dessa iniciativa do governo do Estado, do Polo Bioenergético no médio São Francisco, que é uma região com um potencial maravilhoso, do ponto de vista da bioenergia, da agenda do carbono zero, da equalização da emissão de gás do efeito estufa, que tem um papel preponderante na matriz energética do Estado. Também estamos muito confiantes em começar imediatamente as operações e poder contribuir para o desenvolvimento do Estado”, explica Pedro Leite, diretor da empresa.
Segundo o investidor, serão promovidos 1 mil novos postos de trabalho diretos e mais 7 mil indiretos, quando o empreendimento estiver totalmente pronto. Na primeira etapa de implantação, serão 400 empregos diretos, priorizando a qualificação e a contratação da mão de obra local. A ideia, segundo ele, é contribuir com o crescimento do PIB per capita da região e, com isso, promover um desenvolvimento socioeconômico.